A jornalista russa que surgiu na emissão do jornal da noite da noite passada, 14 de março, a mostrar um cartaz a apelar ao fim de guerra provocada pela Rússia na Ucrânia foi esta tarde condenada por um tribunal de Moscovo. De acordo com o “Financial Times”, a coima aplicada foi de 30 mil rublos, cerca 256 euros. Marina Ovsyannikova esteve desaparecida durante quase 24 horas depois de ter aparecido na televisão e de ter sido detida nas instalações pela polícia.
De acordo com o editor do jornal britânico em Moscovo, a jornalista enfrentava apenas um pequeno delito que podia passar por um máximo de dez dias na prisão ou uma multa de 240 euros. Segundo Max Seddon, o protesto da jornalista não se encontra sob a nova lei de fake news — que visa sancionar quem divulgar notícias contra a narrativa estatal russa em 15 anos de prisão —
After going dark for nearly 24 hours, Marina Ovsyannikova has surfaced in court, where she's facing a misdemeanor charge for her protest on Channel One.
— max seddon (@maxseddon) March 15, 2022
Crucially, it's not under the new "fake news" law – so the most she can get is 10 days in jail.https://t.co/nFV7aPFaPQ
O advogado de Marina Ovsyannikova partilhou uma fotografia com a jornalista na rede social Telegram para mostrar que a mesma está viva e bem de saúde. O advogado tinha estado à procura da jornalista em todas as esquadras da polícia perto da estação de televisão mas não tinha obtido sucesso.
A “BBC” foi o primeiro meio de comunicação a evidenciar o paradeiro desconhecido da jornalista após esta ser detida. Numa entrevista ao jornal, Marina Ovsuannikova diz ter sido detida e interrogada durante 14 horas seguidas e sem direito a apoio legal.
Here she is with lawyer Anton Gashinskyhttps://t.co/EMRhUlUM7c pic.twitter.com/4lw58Hu0Kp
— max seddon (@maxseddon) March 15, 2022
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