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Jornalistas em congresso, 19 anos depois do último encontro

As condições de trabalho dos repórteres, o estado e os desafios da profissão são temas em debate no Cinema São Jorge, em Lisboa, até domingo.
13 Janeiro 2017, 15h37

Dezanove anos depois do último encontro, o 4º Congresso dos Jornalistas arrancou ontem à tarde com a sala principal do Cinema São Jorge, em Lisboa, lotada. Até domingo, vários temas estarão em discussão num encontro cujo lema é “afirmar o jornalismo”.

As condições de trabalho dos jornalistas, o estado do jornalismo, o ensino e o acesso à profissão, a ética e deontologia ou a viabilidade económica dos órgãos e comunicação social são alguns dos temas em discussão durante os quatro disas do congresso .

Para esta tarde, além dos debates e de uma mesa redonda com diretores de órgãos de comunicação social, está marcada a apresentação do livro “Tudo por Uma Boa História – Confidências e Relatos de Jornalistas Portugueses”, onde mais de duas dezenas de repórteres contam episódios sobre as suas experiências no terreno.

Amanhã de manhã serão apresentados os resultados globais de um inquérito realizado pelo ISCTE a cerca de 1.600 jornalistas sobre as condições de trabalho destes profissionais. Segundo as conclusões do inquérito, os jornalistas consideram que o exercício livre da sua profissão está condicionado por opções de agenda, condições laborais e salariais. Além disso, os profissionais assumem ser pouco ou nada autónomos em relação às decisões das chefias ou administrações. A conciliação com a vida pessoal e familiar é outro grande condicionalismo, bem como o medo de perder o emprego, revela o documento publicado no site do Sindicato dos Jornalistas. O mesmo estudo conclui que dois terços dos jornalistas são licenciados em comunicação ou jornalismo, numa classe profissional que tem, na sua grande maioria, curso superior. Além de qualificações académicas quase cinco vezes superiores à média nacional, os jornalistas preocupam-se em continuar a sua formação: um em cada dez está a estudar e 55% fizeram formação nos últimos cinco anos.

No domingo, após a discussão e votação de propostas e conclusões do congresso, no debate de encerramento estará o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, e representantes dos acionistas de vários órgãos de comunicação social.

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