José Roquette, presidente da Herdade do Esporão, uma das mais antigas de Portugal, está preocupado com a explosão demográfica e com a agressão ao planeta.

“No Esporão temos há muitos anos uma experiência diferente, e hoje indispensável, da relação do homem com o planeta e com o solo, face à agressão que o planeta tem vindo a sofrer. A pressão demográfica, quando se prevê que em 2100 haja 11,8 mil milhões de pessoas a habitá-lo, se não for acompanhada de um projeto político sustentável, só pode resultar na redução drástica da qualidade de vida das gerações futuras”, alertou esta terça-feira José Roquette, na cerimónia de lançamento da exposição e do livro “Esporão Colheitas e Artistas 1985-2015”, que decorreu há minutos em Lisboa, na Livraria Ler Devagar.

O presidente da Herdade do Esporão acrescentou que após mais de 750 anos de história desde a sua fundação, “exatamente nos mesmos limites físicos que existem hoje, temos o sentido de responsabilidade em relação ao que acontece com a terra e com o solo, no sentido de evitar a criação de desequilíbrios indesejáveis”.

A exposição reúne 30 quadros e obras de arte de artistas convidados pela Herdade do Esporão ao longo dos últimos 30 anos para decorarem os rótulos de cada um dos vinhos desta sociedade vitivinícola.

Está patente ao público desde hoje até ao próximo domingo, dia 4 de fevereiro, em Lisboa, na Livraria Ler Devagar, incluindo obras de artistas como Manuel Cargaleiro, Júlio Resende, José de Guimarães, Artur Bual, Júlio Pomar, Pedro Calapez, Pedro Cabrita Reis, Julião Sarmento, Graça Morais, José Pedro Croft, Joana Vasconcelos, Ana Jotta e António Ole, entre outros.

Além da exposição, a Herdade do Esporão produziu um livro alusivo ao tema, o qual demorou cinco anos a ser concluído, está disponível por um preço de 50 euros.

“Agora, o nosso objetivo é fazer perdurar este projeto, que mais do que do Esporão, é da arte contemporânea portuguesa”, garantiu João Roquette, CEO da Herdade do Esporão, na mesma cerimónia.