[weglot_switcher]

Joseph Borrell acredita que Finlândia e Suécia vão receber “forte apoio” na adesão à NATO

“Vão receber um forte apoio, tenho certeza, de todos os estados membros, porque aumenta a nossa unidade e torna-nos mais fortes”, garantiu o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell.
17 Maio 2022, 11h23

Os representantes da União Europeia (UE) vão discutir as intenções da Finlândia e Suécia para se juntarem à aliança, e pela qual vão receber “forte apoio”, disse o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, aos jornalistas antes de uma reunião do conselho dos Negócios Estrangeiros da UE.

“Vão receber um forte apoio, tenho certeza, de todos os estados membros, porque aumenta a nossa unidade e torna-nos mais fortes”, disse o Borrell.

O chefe de diplomacia europeia acrescentou que “espera” que a NATO supere as objeções da Turquia à tentativa da Suécia e da Finlândia de ingressar na aliança. “Estou certo de que o conselho apoiará extremamente a adesão da Suécia e da Finlândia à NATO. Sei que a Turquia fez algumas objeções. Espero que a NATO consiga superar esse obstáculo”, sublinhou.

A Suécia e Finlândia decidiram avançar para a adesão à NATO, mas a Turquia diz que não aprovará a adesão. “A Suécia é um centro de incubação de organizações terroristas. Acolhe terroristas. No seu parlamento, há deputados que defendem os terroristas. A quem acolhe terroristas não diremos ‘sim’ quando quiserem juntar-se à NATO”, afirmou o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, na segunda-feira.

“Nenhum desses países tem uma atitude clara e aberta em relação a organizações terroristas. Como podemos confiar neles?”, questionou-se.

No entanto, esta terça-feira o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, referiu que o seu país e a Suécia poderão chegar a um acordo com a Turquia. “As declarações da Turquia mudaram muito rapidamente e tornaram-se mais difíceis nos últimos dias. Mas estou certo de que, com a ajuda de discussões construtivas, resolveremos a situação”, destacou Niinistö.

Para receberem luz verde quanto à adesão à NATO, a Finlândia e Suécia precisam dos votos dos 30 países que constituem a NATO. Da parte de Portugal, o Governo saudou “a decisão dos Governos da Finlândia e da Suécia, que decidiram solicitar a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), uma decisão democrática e soberana dos dois países que decorre do novo contexto de segurança”.

Já a 13 de maio o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho tinha anunciado o apoio de Portugal à adesão dos países, numa ocasião onde defendeu que a rejeição da Turquia não iria constituir um problema.

“A candidatura da Finlândia e Suécia serão bem vindas e apoiadas por Portugal”, apontou João Gomes Cravinho, acrescentando que certamente a candidatura será alvo de um amplo consenso pelos países da NATO.

“A NATO é composta por diversos estados que tomam as suas decisões individuais. Mas a minha experiência diz-me que não haverá dificuldade relativamente à adesão da Finlândia e da Suécia”, assegurou o governante.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.