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Jovem engenheira portuguesa inspira-se nos romanos para revolucionar sector do vinho

As ânforas e kvevris utilizadas pelos gregos, romanos, persas e etruscos para fermentar e armazenar vinho foram a sua inspiração
19 Janeiro 2022, 14h10

Uma jovem engenheira portuguesa inspirou-se na sabedoria milenar para revolucionar o sector do vinho. Tatiana Sá Marques, engenheira civil de formação, desenvolveu uma cuba de fermentação e armazenamento de vinho inovadora em betão.

Este betão possui características que se assemelham às ânforas e kvevris utilizadas pelos Gregos, Romanos, Persas e Etruscos para fermentar e armazenar vinho: “o controlo de temperatura e a micro-oxigenação suave – apenas algumas das vantagens enológicas mais visíveis garantidas pela inércia térmica e porosidade do betão. O design da forma garante que não existem zonas mortas nem efeito de “curto circuito” na movimentação de líquido ou massas vínicas no processo de remontagem”, segundo a WiseShape, a produtora das cubas.

“Portugal tem uma tradição e prestígio na produção de vinho de qualidade, mas nunca desenvolvemos equipamentos e tecnologia diretamente envolvidos no sector vínico,” disse hoje em comunicado Tatiana Sá Marques, co-fundadora e gestora executiva da empresa.

Esta nova cuba de vinho em betão é “destinada ao segmento de vinhos de qualidade superior e premium e compete directamente com as mais avançadas soluções internacionais”.

O equipamento pode receber vinhos tintos, brancos, verdes e rosés e está já a operar na Quinta Valle Madruga. “Em breve, estará também instalada nos maiores e mais prestigiados produtores de vinho de Portugal”, acrescenta a empresa.

A WiseShape nasceu no HIESE (IPN) na Região Centro e encontra-se também incubada no universo do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC).

 

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