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Brexit: Juncker classifica David Cameron como “um dos grandes destruidores dos tempos modernos”

O presidente da Comissão Europeia relembrou que David Cameron foi o responsável por convocar o referendo sobre o brexit. E destacou que o ex-primeiro ministro britânico proibiu a Comissão Europeia de desempenhar qualquer papel na campanha do referendo sobre o Brexit.
  • © European Union , 2017 / Source: EC – Audiovisual Service
2 Abril 2019, 10h34

Jean-Claude Juncker classificou David Cameron como “um dos grandes destruidores dos tempos modernos”. O presidente da Comissão Europeia esteve presente no parlamento regional no estado alemão do Sarre na segunda-feira, escreve o “Politico”. David Cameron, do partido conservador, foi o primeiro-ministro britânico que decidiu convocar um referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia.

“Ainda não conseguimos descobrir o que eles querem. Em comparação com o parlamento britânico, uma esfinge é um livro aberto. Precisamos de meter a esfinge a falar. Já tivemos um silêncio demasiado longo”, referiu Jean-Claude Juncker.

O líder da Comissão Europeia afirmou que “nós [Comissão Europeia] fomos proibidos de estar presentes em qualquer forma na campanha do referendo [do brexit] por [David] Cameron, que é um dos grandes destruidores dos tempos modernos. Porque ele disse que a Comissão [Europeia] é ainda menos popular no Reino Unido do que em outros estados membros da União Europeia”.

“Se pudéssemos participar nesta campanha, podíamos ter solicitado – e também respondido a muitas perguntas que estão a ser feitas agora”, referiu Jean-Claude Juncker.

David Cameron convocou o referendo sobre o brexit em 2016. O então primeiro-ministro defendeu a permanência do Reino Unido na União Europeia, mas numa entrevista recente rejeitou qualquer tipo de arrependimento por ter convocado o referendo.

“Não me arrependo de ter convocado o referendo. Foi uma promessa que eu fiz dois anos antes das eleições gerais de 2015. Estava incluindo no programa de governo, foi legislado no parlamento: seis em sete membros de todos os partidos aprovaram o referendo”, disse David Cameron em janeiro à BBC.

O seu único arrependimento foi ter perdido a campanha para permanecer no Reino Unido, destacando as “dificuldades e os problemas que temos tido em implementar o resultado do referendo”.

David Cameron acabou por se demitir após o referendo e foi substituído no cargo por Theresa May, que tem conduzido as negociações com a Comissão Europeia e no Parlamento britânico desde a saída de Cameron.

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