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Kremlin prepara-se para proibir exportações de cereais até ao final de junho

Entre julho de 2021 e março de 2022, a Rússia foi responsável por exportar 28,1 milhões de toneladas de cereais. Ainda assim, face ao ano anterior, o volume de cereais exportados regista uma queda de 30,3%, segundo confirmou o ministério da Agricultura russo via comunicado, citando dados preliminares do FCS, que excluem países da EAEU.
14 Março 2022, 16h36

Em resposta ao conjunto de sanções de que é alvo, a Rússia, através do Ministério da Agricultura, prepara-se para proibir as exportações de cereais — trigo, centeio, cevada e milho entre 15 de março e 30 de junho, revela a “Interfax”.

“O Ministério da Agricultura [da Rússia], em conjunto com o Ministério da Indústria e Comércio, redigiu uma resolução de governo que prevê a proibição temporária da exportação de grãos básicos da Rússia de 15 de março a 30 de junho do ano em curso”, disse a assessoria de imprensa do Ministério à “Interfax”.

Entre julho de 2021 e março de 2022, a Rússia foi responsável por exportar 28,1 milhões de toneladas de cereais. Ainda assim, face ao ano anterior, o volume de cereais exportados regista uma queda de 30,3%, segundo confirmou o ministério da Agricultura russo via comunicado, citando dados preliminares do FCS, que excluem países da União Económica Eurasiática (EAEU).

As exportações de trigo caíram 30,9%, para 23 milhões de toneladas, enquanto os embarques de cevada diminuíram 34,7%, para 2,9 milhões de toneladas. Já as entregas de milho caíram 21,7%, para 1,8 milhão de toneladas.

Os mercados não ficaram indiferentes ao anuncio do Kremlin. “O preço do trigo reagiu em alta após as notícias que apontavam para uma possível suspensão das exportações russa”, afirmam analistas da XTB.

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