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Lares de idosos: aprovada audição conjunta das ministras da Saúde e do Trabalho

Os requerimentos do CDS-PP e PAN que pediam uma audição conjunta das ministras da Saúde e do Trabalho foram aprovados e agora os partidos esperam ouvir Marta Temido e Ana Mendes Godinho sobre soluções para os surtos em lares de idosos
9 Setembro 2020, 12h18

Os requerimentos do CDS-PP e do PAN que pediam uma audição conjunta da ministra da Saúde, Marta Temido e ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social foram aprovados por unanimidade esta quarta-feira, 9 de setembro na comissão parlamentar de saúde e na comissão de trabalho. As datas das audições ainda terão de ser fechadas.

“O que gostaríamos e foi de facto aprovado, quer na comissão de Trabalho, quer na comissão de Saúde era ter as duas tutelas em conjunto uma vez que para serem ouvidas sobre o que aconteceu e sobretudo o que vai ser feito futuramente”, apontou a deputada do CDS-PP Ana Rita Bessa.

A deputada dos centristas recorda que em agosto o partido tinha apresentado “um requerimento com caracter de urgência para ouvir as duas tutelas, a tutela da Saúde e a tutela da Solidariedade e Segurança social sobre o tema dos lares, concretamente por causa caso que se tornou mediático no lar de reguengos”.

Desde então, o CDS-PP continua preocupado com “a sucessão de casos que tem vindo a público e sobretudo com  a retoma de atividades e o outono e inverno e o impacto que isso possa ter”.

A 2 de setembro, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, anunciava que “no total do país, lares com surtos ativos são 23, incluindo o surto de Reguengos de Monsaraz”, sendo que 19 dos surtos 19 surtos estão na região de Lisboa e Vale do Tejo e quatro na região Norte.

Enquanto aguarda a audição das ministras, os centristas pedem maior articulação entre os ministérios da Saúde e da Solidariedade e Segurança Social. “Tem que haver uma maior articulação entre as duas áreas de tutela , uma vez que o que não pode acontecer é a saúde cingir-se estritamente aquilo que é o bem estar dos idosos que estão nestas estruturas residenciais, mas apenas na sua relação, por exemplo, com os médicos de família e cuidados hospitalares dizendo que não tem responsabilidades dentro das suas residenciais”, sublinha Ana Rita Bessa.

“E não pode a Segurança Social dizer que só tem que se ocupar da componente de cuidado residencial e que nada do que é o cuidado de saúde passa pela sua responsabilidade”, explica a deputada do CDS-PP reforçando que estas medidas são fundamentais para que “não volte a acontecer alastramento de infeções.

Por sua vez, o PAN recorda que “desde março que anda a recomendar ao governo que desenvolva uma estratégia especifica para os nossos idosos que se encontram institucionalizados”.

Com a aprovação da medida, o Pan espera que seja feito mais do que assumir responsabilidade políticas. “Aquilo que esperamos não é só um assumir de responsabilidades por parte do governo, ma também o assumir de uma estratégia concertada entre ministérios, concertada também com as autarquias, com as instituições locais. É fundamental a estratégia de proximidade que no nosso entendimento passa pelo reforço de especialistas em saúde pública”, disse Bebiana Cunha, deputada do Pan.

Sobre a data em que os deputados vão ouvir Marta Temido e Ana Mendes Godinho, Bebiana Cunha explicou que “a informação que nos tem sido veiculada é que há possibilidade ser na próxima semana, mas ainda não temos data concretas, a presidente da comissão de saúde ficou de fechar até ao final desta semana com a comissão de trabalho”.

 

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