A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) disse esta segunda-feira esperar que o novo Governo dê prioridade à economia e às empresas, defendendo a necessidade do reforço da importância e do papel da Concertação Social.
Num comentário escrito enviado à Lusa sobre o resultado das eleições legislativas de domingo, o presidente da CTP, Francisco Calheiros, começa por sublinhar que a confederação tem “defendido a necessidade de estabilidade governativa como essencial ao desenvolvimento económico e social de Portugal”, pelo que “regista que tal condição se encontra cumprida”.
“A CTP deseja agora que o novo Governo dê prioridade à economia e às empresas, para nos focarmos no crescimento económico e social do país, sendo necessário o reforço da importância e do papel da Concertação Social no âmbito de várias medidas estruturantes que são necessárias implementar”, afirma Francisco Calheiros.
Ao nível do setor do turismo, para a CTP as prioridades do Governo devem passar por “implementar na prática os apoios à capitalização das empresas para fazer face às consequências da pandemia” porque, segundo a confederação, “as empresas necessitam urgentemente de se recapitalizar para voltarem a investir e criar emprego”.
Francisco Calheiros disse que a CTP deseja ainda que seja tomada “uma decisão final sobre a construção do novo aeroporto na região de Lisboa”, considerando que “esta é uma das infraestruturas mais necessárias para o desenvolvimento do país”.
“A expectativa é de que o turismo regresse a índices de crescimento pré-pandemia” mas “não haverá crescimento, se um aumento da procura do destino Portugal não for acompanhado por infraestruturas que respondam a essa maior procura”, afirma o líder da confederação.
O PS alcançou a maioria absoluta nas legislativas de domingo e uma vantagem superior a 13 pontos percentuais sobre o PSD, numa eleição que consagrou o Chega como a terceira força política do parlamento.
Com 41,7% dos votos e 117 deputados no parlamento, quando estão ainda por atribuir os quatro mandatos dos círculos da emigração, António Costa alcança a segunda maioria absoluta da história do Partido Socialista, depois da de José Sócrates em 2005.
O PSD conseguiu 27,8% dos votos e 71 deputados sozinho, subindo para 76 com os mandatos obtidos nas coligações da Madeira e dos Açores (com o CDS-PP nos dois casos e com o PPM nos Açores), enquanto o Chega alcançou o terceiro lugar, com 7,15% e 12 deputados, a Iniciativa Liberal (IL) ficou em quarto, com 5% e oito deputados, e o Bloco de Esquerda em sexto, com 4,46% e cinco deputados.
A CDU com 4,39% elegeu seis deputados, o PAN com 1,53% terá um deputado, e o Livre, com 1,28% também um deputado. O CDS-PP alcançou 1,61% dos votos, mas não elegeu qualquer parlamentar.
A abstenção em território nacional desceu para os 42,04% depois de ter alcançado os 45,5% em 2019.
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