O Governo prepara-se para lançar um leilão de energia solar em junho, com o objetivo de investidores privados construírem um total de 1,3 gigawatts (GW) de nova potência fotovoltaica.
Para apresentar este leilão ao investidores interessados em investir em energia renovável em Portugal, o ministério do Ambiente e da Transição Energética vai realizar uma sessão na quinta-feira, 6 de maio.
Esta sessão já conta com centenas de inscrições por parte de empresas que estão a estudar o investimento em energia solar no retângulo: o número já atinge um valor entre as 300 a 400 inscrições, segundo explicou o secretário de Estado da Energia João Galamba na segunda-feira, 3 de junho, durante uma visita a uma central eólica da EDP Renováveis.
O ministro do Ambiente e da Transição Energética, por sua vez, destacou que produzir eletricidade a partir de fontes renováveis é mais barato em termos de custo de produção face aos combustíveis fósseis.
“Produzir eletricidade a partir de fontes renováveis tem um valor muito inferior ao custo de mercado, quem marca o custo de mercado são os combustíveis fosseis – o carvão e o gás natural. A partir do momento em que as taxas sobre o carbono estão a subir pelo mundo fora é inevitável que esse custo suba”, começou por destacar em declarações aos jornalistas na visita à central da EDP.
“É por isso que produzir eletricidade a partir de fontes renováveis é muito mais barato do que a partir de combustíveis fosseis e quem ganha é o sistema elétrico nacional, que são sobretudo as famílias e as empresas”, afirmou João Matos Fernandes.
O ministro também destacou a importância dos leilões de energia solar que vão ser lançados pelo Governo. “Vamos no próximo mês fazer um leilão muito expressivo, faltam-nos sete gigawatts para chegarmos à nossa meta, e 1,3 gigawatts vão ser já leiloados no próximo mês”.
Já o presidente da EDP pediu ao Governo “clareza e estabilidade” nos leilões de energia solar, para que as “regras do jogo não sejam alteradas a meio do jogo”.
“A energia é hoje essencialmente custo de capital, as energias renováveis não têm basicamente custo variável, é só custo de investimento. A questão essencial tem a ver com a fixação das regras de jogo, para que elas não sejam alteradas a meio do jogo. E depois que ganhe o mais barato e o melhor. É muito claro: clareza e estabilidade”, disse António Mexia durante a visita a uma nova central eólica da EDP Renováveis em Penacova, distrito de Coimbra.
“A verdade é que temos muito sol. Muitas vezes o que faltou foi alguma regulamentação na fixação das regras de jogo, e aquilo que hoje foi aqui referido: a necessidade absoluta de dar visibilidade aos processos, e dar de uma forma que seja competitiva, mas que seja também garante que as pessoas não podem depois estar, depois de ter ganho [o leilão], 10 anos para fazer o projeto. A clarificação das regras é muito importante”, afirmou o presidente da EDP.
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