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Líderes da União Africana condenam recente “onda” de golpes de Estado na região

A UA “não tolerará qualquer tipo de golpe militar”, acrescentou, recordando que os países que enfrentaram golpes foram suspensos pelo Conselho de Paz e Segurança da UA.
  • Bangui, República Centro-Africana
6 Fevereiro 2022, 14h51

Os líderes africanos reunidos na cimeira da União Africana (UA) condenaram hoje “inequivocamente” a recente “onda” de golpes de Estado no continente, segundo o comissário pan-africano para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança da organização.

“Todos os líderes africanos na assembleia condenaram inequivocamente o padrão, o ressurgimento, o ciclo, a onda de mudanças inconstitucionais de governo”, disse Bankole Adeoye durante uma conferência de imprensa, no âmbito da cimeira da UA, que decorre este fim de semana na capital etíope, Adis Abeba.

A UA “não tolerará qualquer tipo de golpe militar”, acrescentou, recordando que os países que enfrentaram golpes foram suspensos pelo Conselho de Paz e Segurança da UA.

“Façam a vossa investigação, em nenhum momento da história da União Africana tivemos, num ano civil, em 12 meses, quatro países suspensos: Mali, Guiné, Sudão e Burkina Faso”.

Referindo-se ao caso da África Ocidental, disse que “o Sahel não deve voltar a ser um ‘foco’ de mudanças inconstitucionais de governo, descritas como um ‘flagelo’”.

No seu discurso de abertura na cimeira de sábado, o presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat, referiu-se à “onda desastrosa” de golpes de Estado e salientou as “ligações causais conhecidas” com o desenvolvimento do terrorismo.

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