[weglot_switcher]

Lidl quer aumentar exportações de produtos nacionais para Europa Central

A cadeia retalhista alemã está a estudar a possibilidade de exportar mais três ou quatro produtos nacionais novos na categoria de frutas e legumes.
30 Outubro 2019, 07h37

O Lidl Portugal pretende aumentar o volume de exportações de produtos nacionais para os 30 países em que a cadeia retalhista germânica está presente, na Europa e nos Estados Unidos.

Em termos de mercados potenciais, o grande potencial de crescimento reside nos destinos da Alemanha, França, Áustria.

“Não tenho nenhum indicador sobre o crescimento das exportações de produtos nacionais durante o ano fiscal de 2019 [que vai terminar no final de fevereiro de 2020] mas obviamente que o nosso objetivo é continuar a crescer”, admitiu Bruno Pereira, administrador de compra do Lidl Portugal, num encontro com jornalistas.

Este responsável confidenciou que “estamos a estudar mais produtos novos, mais três ou quatro, dentro da categoria dos frescos [frutas e legumes]”, para testar a sua capacidade para poderem ser exportados.

“Em termos de grande possibilidades de crescimento, diria que reside nos mercados da Europa Central – França, Alemanha, Suíça, Áustria – que são os que têm mais potencial”, assegurou Bruno Pwreira.

Confrontado sobre as previsões de fraco crescimento das economias destes países nos próximos tempos, o administrador do Lidl assumiu que “teremos de ganhar quota, de promover a substituição dos produtos”, além de ter sublinhado que são mercados em que os consumidores “têm elevado poder de compra”.

“Mas devo sublinhar que é preciso ter sempre um produto com qualidade intrínseca e com consistência na oferta”, destacou Bruno Pereira, insistindo que “é fundamental garantir a qualidade acordada, na  hora acordada, nas quantidades acordadas”.

E o responsável do Lidl Portugal assinalou: “na questão das frutas e legumes, no Lidl somos muito mais exigentes que a legislação em vigor”.

“E trabalhamos em conjunto com os parceiros locais para lhes dar ‘insights’ sobre as tendências de consumo na Europa Central, para poderem adaptar a sua oferta ao mercado em causa, quer em termos de ‘packaging’, quer em termos de calibre. Por exemplo, o cliente normal alemão, há quatro ou cinco anos, não conhecia o que era a pera rocha”, explica Bruno Pereira.

Sobre a atuação dos produtores nacionais, o responsável do Lidl Portugal assegura que “tem havido uma maior organização dos produtores nacionais, e isso é algo que temos estado a promover”.

“Os produtores, organizando-se, conseguem ser mais competitivos, entregar com qualidade, mas à hora certa, nas quantidades certas”, concluiu Bruno Pereira.

No ano fiscal entre março de 2018 e fevereiro de 2019, o Lidl Portugal exportou 148,5 milhões de euros de produtos nacionais para os 30 países em que a cadeia retalhista alemã está presente.

Este valor, “compara com os cerca de 100 milhões de euros de exportações do ano anterior e com os cerca de 70 milhões de euros  do ano fiscal de 2016, o que quer dizer que em dois anos conseguimos mais do que duplicar o valor de exportações de produtos portugueses”, destacou Bruno Pereira, administrador de compras do Lidl Portugal, num encontro com jornalistas, realizado ontem, dia 29 de outubro, em Lisboa.

Leguminosas, azeite, bacalhau, salgados, pão, piri-piri, pera rocha são alguns dos produtos mais exportados através do Lidl Portugal.

Questionado pelo Jornal Económico sobre qual a componente de importações de produtos gerada pela atividade da rede do Lidl em Portugal, Bruno Pereira respondeu apenas que “cerca de 50% dos nosso artigos em venda nas lojas Lidl no nosso país são de origem nacional”, acrescentando que “essa relação tem sido estável na rede lojas Lidl em Portugal nos últimos anos”.

 

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.