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“Lista de Putin” aumenta clima de tensão entre EUA e Rússia

Lista revelada pelos Estados Unidos integra 96 oligarcas e 114 funcionários do Kremlin e foi recebida pela Rússia como um “passo hostil” para as relações entre os dois países.
  • Reuters
30 Janeiro 2018, 14h53

Os Estados Unidos revelaram esta segunda-feira a lista de políticos e oligarcas do círculo próximo de amigos do presidente presidente russo, Vladimir Putin, que enriqueceram ou foram promovidos por intervenção do chefe de Estado. A lista, que integra 96 oligarcas e 114 funcionários do Kremlin, foi recebida pela Rússia como um “passo hostil” para as relações entre os dois países.

A chamada “lista de Putin” foi elaborada pelo Departamento do Tesouro e inclui nomes como o primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov. São também referidos vários assessores, gestores de empresas com ligações ao Estado e membros dos serviços secretos russos. Há ainda referência a vários multimilionários como Roman Abramovich, dono do Chelsea, e Alisher Usmanov, que é o maior acionista do Arsenal Football Club.

A lista foi elaborada pelo Departamento do Tesouro e não implica a aplicação direta de sanções económicas ou diplomáticas. No entanto, foi interpretada como uma forma de fazer aumentar a pressão dos Estados Unidos sobre a Rússia, depois de terem sido levantadas suspeitas sobre a ingerência russa nas presidenciais norte-americanas de novembro de 2016.

Em reação à divulgação da lista, Vladimir Putin ironizou dizendo-se “menosprezado” pelos norte-americanos por não ter sido incluído na lista. O chefe de Estado russo sublinhou, num tom mais sério, que a lista é “um passo hostil para as relações diplomáticas” entre os dois países e frisou que está disponível para, em conjunto com os Estados Unidos, tentar uma reaproximação ao país.

Na rede social Twitter, Alexei Navalny, principal opositor de Vladimir Putin, disse estar “satisfeito” pelo facto de oligarcas mencionados na lista e funcionários do Krelim “terem sido finalmente reconhecidos como criminosos e ladrões a nível internacional”.

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