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Lucro da Galp afunda 72% no primeiro trimestre

A descida do resultado líquido reflete a menor procura do petróleo e combustíveis devido à pandemia global da Covid-19, e também a descida do preço do petróleo.
27 Abril 2020, 07h32

O lucro da Galp afundou 72% para 29 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, anunciou hoje a empresa, refletindo a descida da procura do petróleo e combustíveis devido à pandemia global da Covid-19, e também a descida do preço do petróleo.

Já os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) recuaram 5% para 469 milhões.

Os resultados da Galp estão muito abaixo do previsto pelos analistas que previam uma quebra de 26% dos lucros para 76 milhões.

O EBITDA da produção foi de 286 milhões de euros, menos 24% face a período homólogo, “refletindo sobretudo os menores preços de petróleo no período e o impacto da redução de posições de underlifting relacionadas com período anteriores”.

As vendas de produtos petrolíferos, por sua vez, caíram 13% “refletindo a menor procura na maioria dos segmentos na Ibéria durante março, resultado das medidas de controlo sobre o surto de Covid-19”. Apesar desta descida, o EBITDA da unidade de negócio comercial manteve-se estável (90 milhões) “maioritariamente devido à maior contribuição das atividades em Espanha”.

Já o EBITDA da refinação & mistream subiu dos 27 milhões para os 90 milhões.

Devido à “queda acentuada da procura e dos preços dos produtos petrolíferos, a Galp encontra-se a desenvolver ações com vista a reduzir significativamente as despesas nos próximas trimestres”.

A empresa já tinha anunciado que pretende reduzir as despesas operacionais e de investimento em mais de 500 milhões por ano durante 2020 e 2021.

Sobre as metas providenciadas na atualização do plano estratégico da empresa em fevereiro, a Galp diz que as mesmas “não são já aplicáveis”.

“Projeções atualizadas serão providenciadas ao mercado em momento oportuno”, segundo a petrolífera.

Devido à pandemia da Covid-19, a Galp prevê os principais impactos no curto prazo: “redução das vendas previstas no segmento upstream por queda dos preços do petróleo e gás natural no período; e queda do volume de vendas no segmento refinação e midstream e comercial dada a diminuição significativa da procura de produtos petrolíferos e gás natural nos mercados em que a Galp opera, e que resulta na consequente menor utilização do aparelho refinador”.

Recorde-se que a empresa já suspendeu a produção na unidade de combustíveis da refinaria de Matosinhos e vai suspender a refinaria de Sines durante um mês a partir de 4 de maio.

Apesar da redução da procura de produtos petrolíferos devido à Covid-19, a Galp diz que “considera prematuro reavaliar neste momento as conclusões obtidas na preparação das demonstrações financeiras anuais de 31 de dezembro de 2019, relativamente à recuperabilidade dos seus ativos”.

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