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Lucro da Galp terá disparado 31% no primeiro trimestre, segundo analistas

A subida da produção de crude no Brasil. aliada ao aumento dos preços no mercado, irá permitir à empresa liderada por Carlos Gomes da Silva apresentar um conjunto forte de resultados, com o EBITDA visto a crescer quase 13%
  • Cristina Bernardo
26 Abril 2018, 08h56

O lucro líquido ajustado da Galp Energia terá disparado 31%, em termos homólogos, para 133 milhões de euros no primeiro trimestre de 2017, segundo a previsão média dos analistas, com o crescimento dos volumes e dos preços na produção de petróleo a mais que compensarem uma quebra na margem de refinação.

O consenso de 23 analistas, divulgado no site da petrolífera, aponta ainda para um estimativa média do EBITDA – resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização – de 472 milhões de euros, ou seja, uma subida de quase 13% face ao do mesmo período do ano passado.

Carlos Jesus, analista do Caixa Banco de Investimento, referiu que “o EBITDA do trimestre deverá ter sido suportado, numa base homóloga, pela performance da área de exploração e produção, com um aumento face ao primeiro trimestre de 2017 de 18% nos volumes, mas também beneficiando de preços de crude mais elevados (24% em dólares e 7% em euros)”.

A 13 de abril, a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva informou que  a produção média working interest, ou seja, bruta, aumentou 18% para 104,1 mil barris diários entre janeiro e março, face aos 88 mil barris no período homólogo. A produção net entitlement, (líquida de custos com direitos de exploração pagos aos estados) no Brasil, principal motor de crescimento e investimento da empresa, disparou 22% no primeiro trimestre, em termos homólogos, para uma média díária de 97,1 mil barris de crude.

Os analistas do Bernstein sublinharam que o EBITDA do negócio de Refinação e Marketing terá descido 37% para 117 milhões entre janeir e março, em termos homólogos, impactado pela descida das margens de refinação a nível global. “A margem de refinação benchmark está nos 1,9 dólares por barril, mas esperamos que a margem realizada da Galp seja melhor devido a fatores de timing”.

Segundo o Caixa BI,  na unidade de gás e energia, deverá haver uma melhoria do EBITDA face ao primeiro trimestre de 2017, “nomeadamente devido ao efeito de base que traduz um anormalmente baixo no período homólogo”.

 

 

 

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