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Lucros da Impresa tombam 94,9% para 178 mil euros no primeiro semestre pressionados pela pandemia

Os lucros da dona da SIC e do “Expresso” foram especialmente penalizados no segundo trimestre, ao caírem 76% face ao período homólogo, como consequência da pandemia.
  • Francisco Pedro Balsemão, CEO do grupo Impresa.
30 Julho 2020, 17h16

Os resultados líquidos da Impresa afundaram 94,9% no segundo trimestre face a igual período do ano passado, como resultado dos efeitos da pandemia, atingindo os 178 mil euros. Em comunicado enviado à CMVM, a dona da Sic e do Expresso reporta uma diminuição de 3,3 milhões de euros face aos cerca de 3,465 milhões registados no primeiro semestre do ano passado.

O grupo explica que nos primeiros três meses do ano, os lucros subiram 22% comparativamente ao período homólogo, porém no segundo trimestre decresceram 76% face ao mesmo período de 2019, como resultado dos efeitos da pandemia, pressionado os resultados globais do semestre.

O grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão adiantou que o EBITDA teve uma queda de 28% face ao primeiro semestre do ano passado, atingindo os 8,3 milhões de euros. As receitas totais da Impresa alcançaram 78,4 milhões de euros, “refletindo uma redução de 12% comparativamente ao volume de negócios da primeira metade de 2019”, sendo que deste decréscimo, “88% verificou-se no segundo trimestre, como resultado dos efeitos da pandemia”. Já os custos operacionais diminuíram em 9% em relação ao mesmo semestre do ano passado.

A maior queda das receitas verificou-se no “Intersegmentos” (-233,4%), seguida pela “Infoportugal & Outras”, com uma quebra de 18% e de 15,4% no “Publishing”. Já na rubrica “Televisão”, as receitas tiveram um recuo de 10,7%.

“No que concerne às fontes de receita, destaca-se o desempenho positivo dos IVR’s, com um acréscimo de 6% nas receitas, bem como um aumento de 58% em margem, relativamente a 2019”, diz a empresa, em comunicado. Nos primeiros seis meses, registou um aumento de 3% no total das vendas de publicações, nas versões em papel e digital. Porém, as receitas de publicidade caíram 15% em relação ao primeiro semestre do ano passado “como consequência dos efeitos da pandemia de Covid-19”.

Realça ainda que “consciente dos novos desafios aportados pela Covid-19 ao contexto nacional e internacional, a Impresa permanecerá focada na geração de receitas, aumento de eficiência operacional e redução do endividamento líquido tendo em vista a progressão de resultados e o decréscimo do rácio dívida líquida/EBITDA”.

“O grupo efetuou um levantamento dos potenciais impactos da Covid-19 na sua atividade e elaborou um plano de resposta, que contempla um plano de contingência para assegurar o regular funcionamento das suas participadas, em particular da continuidade das emissões dos diversos canais de televisão explorados pelo Grupo, bem como a atividade do jornal Expresso”, explica.

(Atualizado às 17h34)

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