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Lucros, dólar e negócios no setor do papel. Altri valorizou 23% em três dias

Só esta semana, a capitalização de mercado da empresa aumentou 290 milhões de euros, para 1.548 milhões de euros. Uma conjugação de fatores estão a levar a um disparo do valor da empresa.
17 Maio 2018, 07h35

A Altri valorizou 22,9% em apenas três dias, tendo aumentado a capitalização de mercado em 290 milhões de euros. A conjugação de uma quase duplicação dos lucros com a movimentações no mesmo setor brasileiro e a desvalorização do dólar, alinharam-se para que a empresa de produção de pasta de eucalipto e gestão florestal disparasse em bolsa esta semana.

Os títulos da empresa liderada por Paulo Fernandes fecharam a sessão desta quarta-feira nos 7,55 euros – o valor mais elevado de sempre -, após um disparo de 13,19%. A Altri reagiu em alta a notícias de aquisições, que poderão trazer novos negócios à portuguesa.

A fabricante brasileira de celulose Lwarcel estará em negociações exclusivas para vender uma fábrica de pasta ao grupo indonésio Asia Pacific Resources (April), segundo a imprensa brasileira. A Altri também esteve na corrida e, apesar de preterida, ainda poderá ser beneficiada já que a Lwarcel tem estado à procura de um parceiro para expansão de uma unidade industrial.

As valorizações não começaram, no entanto, na quarta-feira. Na passada sexta-feira, a papeleira anunciou lucros de 32,6 milhões de euros no primeiro trimestre de 2018, mais 90,6% do que em igual período de 2017. Antes do apresentação de contas, as ações valiam 6,14 euros, enquanto a capitalização de mercado se situava nos 1.260 milhões de euros face aos atuais 1548 milhões de euros.

A Altri, tal como as restantes empresas do setor, tem sido também beneficiada pela recente valorização do dólar face ao euro, com o par atualmente em máximos do ano.

Após a apresentação de resultados, os analistas do CaixaBI reviu em alta o preço-alvo das ações da Altri em 43%, com base na apreciação do dólar, que suporta as margens das exportadoras fabricantes de papel e levou a uma subida das previsões para o preço da pasta nos próximos anos. Os analistas do banco de investimento vêem agora as ações a chegarem aos 7,60 euros por ação.

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