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Madeira dinamiza o “Mediador de bairro”

A Secretária regional madeirense da Inclusão e dos Assuntos Sociais, Rubina Leal, anunciou quinta-feira a criação da figura do “Mediador de Bairro” destinado a resolver situações potencialmente conflituosas, e outras, entre inquilinos dos bairros sociais da Madeira.
3 Fevereiro 2017, 18h18

Trata-se de uma iniciativa destinada a garantir a resolução de conflitos de vizinhança, conforme revelou Rubina Leal na abertura do IV Encontro de Mediação Familiar na Região Autónoma da Madeira.

Rubina disse que o executivo vai avançar com a adequada formação às técnicas do Instituto de Habitação na perspetiva desta iniciativa estar concretizada até final do primeiro semestre deste ano.

“Esta mediação poderá contribuir para um melhor ambiente comunitário nos bairros sociais. É certo que a justiça compete aos tribunais, mas as questões que têm a ver com a relação interpessoal podem ser resolvidas em espaços e com especialistas adequados”, defendeu a secretária regional madeirense.

A Secretaria Regional disse que a mediação tende cada vez mais a ultrapassar os apetos familiares para passar a abranger outras áreas. Caso de conflitos e desavenças por exemplo no trabalho, podem ser trabalhadas de forma competente noutros espaços de mediação.

“Acredito que a mediação tem um papel importante na cultura da paz porque é atraves do trabalhar com o outro que conseguimos dominuir os conflitos e  ter uma melhor minimização dos problemas existentes”, disse.

Rubina Leal revelou que “temos crescido na Madeira em termos de mediação  mas é importante ir mais além e reconhecer que a mediação implica confiança”

“Há que criar essa confiança na comunidade em ligação com os magistrados mas encontrando outros espaços alternativos de intervenção que podem alargar a mediação e dotá-la de mais eficácia”, concluiu.

Durante este encontro foi anunciado que até final do ano o executivo insular pretende criar um espaço de apoio às famílias, o qual funcionará no âmbito dos serviços de segurança social na Madeira direccionado não apenas para as familias mais carenciadas.

O juiz presidente da Comarca da Madeira, Paulo Barreto, reconheceu “as virtudes da mediação pública ou privada”, mas chamou a atenção para que ela se deve desenvolver em plena articulação com os tribunais e os magistrados.

Luísa Santos, presidente do Instituto Português de Mediação Familiar do Funchal, reconheceu que a procura pelos serviços de mediação familiar na Madeira ainda é muito reduzida – em 2016 apenas 20 famílias recorreram a esta instituição – manifestando esperança que essa situação se altere com esta medida.

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