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Madeira e Açores levam a Lisboa problemas do mar e pescas

“Até aqui, a Madeira e os Açores eram apenas ouvidos, mas entendemos que futuramente devemos estar presentes nas reuniões onde são decididas as quotas dos tunídeos, nomeadamente”, realçou Teófilo Cunha.
26 Julho 2022, 13h21

A presença nas instâncias europeias, como observadores, de representantes das secretarias regionais de Mar e Pescas dos governos da Madeira e dos Açores, a partilha de informação a tempo e horas relativa às quotas de pescado e a sua evolução no decurso da faina, as matérias relativas aos apoios para as pescas e a aquacultura, a questão das frotas envelhecidas e a segurança dos pescadores e a gestão partilhada do mar, são alguns dos assuntos que os secretários regionais de Mar e Pescas da Madeira e dos Açores, Teófilo Cunha e Manuel São João, respetivamente, levam na bagagem para a primeira reunião com a secretária de Estado do Mar, Teresa Coelho, que se realiza esta quinta-feira, em Lisboa.

A primeira reunião partilhada entre as duas reuniões autónomas com o governo da República decorre de encontros prévios entre os governantes insulares. Em janeiro deste ano, Manuel São João visitou a Madeira e durante três dias ficou a conhecer o modelo de funcionamento das pescas da Região. No início de abril, Teófilo Cunha e o diretor regional das Pescas, Rui Fernandes, deslocaram-se aos Açores.

Destes encontros resultou a ideia de criar uma “Frente Insular”, com o propósito de as duas Regiões Autónomas defenderem perante o governo português e as entidades europeias políticas comuns e encontrarem soluções para os problemas relacionados com as pescas e o mar.

“Estamos a iniciar um novo relacionamento com a Região Autónoma dos Açores em diversas vertentes, entre as quais a presença de representantes das duas regiões nas reuniões para atribuição das quotas de pescado, e esta reunião com o Governo da República é um primeiro passo nesse sentido”, declarou Teófilo Cunha.

“Até aqui, a Madeira e os Açores eram apenas ouvidos, mas entendemos que futuramente devemos estar presentes nas reuniões onde são decididas as quotas dos tunídeos, nomeadamente”, realçou.

O governante açoriano não tem dúvidas sobre a importância da “Frente Insular” no âmbito do Mar e Pescas: “Se articularmos entre as duas regiões autónomas aquilo que vamos transmitir a Lisboa, e até nas instâncias comunitárias, estamos certos de que isso terá um peso muito maior e a decisão tenderá a ser mais favorável a nós”, destacou Manuel São João, que elegeu a renovação da frota de pesca açoriana como um dos “maiores” problemas no sector pesqueiro dos Açores.

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