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Madeira garante crescimento sustentado do segmento de nómadas digitais

O projeto já conta com mais de 7 mil e 100 inscritos de 94 países, sendo que neste momento há 800 nómadas digitais a viver e trabalhar na RAM, o que tem um impacto económico mensal estimado em 1,5 milhões de euros.
27 Maio 2021, 16h08

O secretário regional da Economia, Rui Barreto, afirmou esta quinta-feira que o segmento de nómadas digitais está a crescer “sustentadamente” em toda a Região.

Rui Barreto falava durante a visita ao ‘HubRemotely’, o novo espaço de cowork no Hotel Vila Galé, em Santa Cruz. Um espaço dinamizado por três jovens empreendedores/’Hubers’, com o apoio da StartUp Madeira, que agora começa a dar os primeiros passos na atração de trabalhadores remotos.

De acordo com o governante, o nicho dos nómadas digitais foi uma oportunidade “bem agarrada” para posicionar a Região como um dos dez melhores destinos do mundo para trabalhar remotamente.

“O Governo deu um suporte político e também financeiro para iniciar este projeto, bem estruturado e com as pessoas certas, mas agora as parcerias vão se alargar aos privados”, garante.

O secretário regional diz ainda que a estratégia de “pulverizar” a Região com a presença de trabalhadores remotos tem como objetivo a dinamização das economias locais, sublinhado que os nómadas digitais “procuram pequenas vilas e apreciam muito a cultura, a hospitalidade e a segurança”.

“Estamos a fazer um trabalho bem feito, com uma estratégia bem montada para integrá-los. O Governo deu um impulso público e agora estamos numa fase em que queremos deixar os privados serem parceiros e deixar o mercado funcionar”, salientou, lembrando que se trata de uma oportunidade de negócio para a Região, porque tem um “enorme” impacto na economia.

Segundo o responsável pela tutela da Economia, o projeto está a ser um “sucesso”, estando atualmente mais de 700 pessoas a viver e a trabalhar na Madeira e mais de sete mil inscritos com interesse em vir para a Região.

“Estas pessoas querem sentir-se bem no sítio onde estão a trabalhar e a Madeira tem ótimas condições e internet, que é um fator crítico de sucesso”, refere.

Com um aumento da procura, o projeto vai estender-se a outros concelhos e à ilha do Porto Santo, onde o Governo já está a desencadear um conjunto de contactos.

No concelho de Santa Cruz, os três empreendedores – Linda, Pedro e Luís – encontraram as condições ideais para lançar o projeto.

A colaboração com a StartUp Madeira permitirá criar condições para manter a atração do destino para este nicho de mercado em crescimento. A preços acessíveis, os trabalhadores remotos têm acesso a um espaço de cowork com garantia de boa internet. Têm ainda acesso a várias áreas do hotel e a eventos em rede, bem como atividades ao ar livre com a comunidade local.

O projeto já conta com mais de 7 mil e 100 inscritos de 94 países, sendo que neste momento há 800 nómadas digitais a viver e trabalhar na RAM, o que tem um impacto económico mensal estimado em 1,5 milhões de euros.

Há três espaços de cowork na Região, nomeadamente no Centro Cultural John dos Passos, na Ponta do Sol, no Nini Design Center, no Funchal, e no Hub Remotely Vila Galé, em Santa Cruz.

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