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Madeira: moradores do Monte alertam para perigo iminente

“Se não se fizer nada em relação às árvores plantadas na encosta e na zona sobranceira ao Largo da Fonte, o perigo continuará à espreita”, alerta Carla Mendonça.
  • Foto: Domingos Perestrelo
18 Agosto 2017, 12h30

Moradora na freguesia do Monte, a advogada e a família têm vindo, desde 2004, a alertar a autarquia funchalense para os perigos das árvores na zona onde a queda de um carvalho causou, na passada terça-feira, 13 vítimas mortais e 51 feridos.

Carla Mendonça adverte para a urgência de se fazer um estudo fitossanitário das árvores que ali estão plantadas e que já causaram vários acidentes. Segundo a moradora, há galhos de plátanos de grande porte em risco de queda e árvores sem sustentação cujo nível de inclinação deixa antever o pior.

Sobre o facto de a Câmara do Funchal, rejeitar a entrada de alertas relativas ao carvalho que caiu, Carla Mendonça adianta que os mesmos se referiram à zona envolvente ao Largo da Fonte e caberia às diferentes gestões camarárias avaliar o perigo e agir. “O sr. presidente da Câmara não queria que fossemos nós a dizer em concreto qual era a árvore que ia cair?”, pergunta.

A moradora garante que a autarquia foi alertada para o estado das árvores e para a possibilidade de dois cabos de aço presos a árvores no local poderem ceder “e decapitar” pessoas, estranhando que a Câmara tenha mandado recolher, após o acidente, material do local.

“Está fotografado: os funcionários retiraram do local galhos de plátano. Espero que isso não prejudique a investigação e a perceção do tamanho do galho de plátano que caiu”, refere a advogada que acredita que terá sido um ramo de plátano a provocar a queda do carvalho que matou 13 pessoas.

Também o movimento ‘Somos Todos Monte’, através do presidente Pereira, alerta para a importância de averiguar o estado das árvores no Largo da Fonte, uma opinião corroborada por Miguel Rodrigues: morador local.
“Há muito risco em toda aquela zona e não apenas nos plátanos. São árvores muito antigas e algumas delas deviam ser cortadas pela raíz, algumas até estão amarradas com cabos de aço”, adverte.

Esta tarde deviam ser conhecidos os resultados da peritagem feita à árvore que causou 13 mortos, um processo a cargo do Instituto Superior de Agronomia. Entretanto, o Ministério Público do Funchal ordenou, esta manhã, a suspensão imediata dos trabalhos.

Artigo publicado na edição digital desta sexta-feira do Jornal Económico. Assine aqui para ter acesso aos nossos conteúdos em primeira mão.

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