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Madeira: PAN alerta para aumento da poluição marinha

O PAN Madeira diz que a poluição marinha tem um “significativo impacto” nos ecossistemas e biodiversidade marinha, “originando zonas mortas nos oceanos e diversas lesões e mortes de animais marinhos”.
9 Junho 2023, 08h36

O PAN Madeira alertou para o aumento da poluição marinha e da concentração de micro e macro plásticos nos oceanos, que provocam um “significativo impacto nos ecossistemas e biodiversidade marinha, originando zonas mortas nos oceanos e diversas lesões e mortes de animais marinhos”.

A força partidária acrescenta que a poluição marinha “constitui também um perigo para a saúde humana, onde já tem sido identificada a presença de microplástico e nanoplástico na corrente sanguínea e nos tecidos de órgãos (pulmão, fígado e rins)”.

Nesse sentido, o PAN apelou a que a Assembleia Legislativa da Madeira, e os diferentes municípios, aprovem a recolha e tratamento das artes de pesca em fim de vida, em especial as redes de pesca.

“O material de pesca configura 27% do lixo marinho, onde cerca de 80% é constituído por plástico. A permanência das artes de pesca nos oceanos afeta não só os ecossistemas e a biodiversidade marinha, como provoca danos para os sectores da economia azul”, considerou o partido.

O PAN defende que o oceano deve ser um “desígnio obrigacional” da Madeira face à importância do mar tem para a região.

“O sermos detentores, enquanto região, da maior reserva marinha da Europa, a mesma não deve servir apenas para a propaganda fácil, mas sim constituir um trabalho efetivo em defesa do oceano, da sua biodiversidade e da sua sustentabilidade”, afirmou a força partidária.

O PAN propõe que a Assembleia da Madeira defina um prémio monetário ao pescador/armador, ou, em alternativa, o pescador/armador que adquira artes de pesca biodegradáveis comparticipadas pelo Governo Regional, bem como a implementação de chips de localização e rastreamento nas artes de pesca.

O partido defende também a criação de um repositório intermunicipal de artes de pesca em fim de vida, de gestão partilhada com as comunidades piscatórias locais, com o objetivo de se “reutilizar e valorizar esses objetos, em conformidade com o estado de degradação dos mesmos. Quando não for possível a valorização dos objetos, devem os mesmos ser reencaminhados para a reciclagem”.

A força partidária acrescenta que é essencial criar mecanismos que “permitam mitigar as repercussões devastadoras da permanência de lixo marinho nos oceanos”, sublinhando que a proliferação das redes de pesca fantasma são “verdadeiras armadilhas para os animais marinhos”.

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