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Mais de 1.500 cabos e soldados pagaram para deixar Exército em três anos

Só este ano, foram cerca de 500 os praças a pagarem para sair antes do tempo do Exército, tendo-se registado, nos últimos três anos, uma subida de 16,3% no número de indemnizações pagas.
22 Janeiro 2018, 10h10

Quase 1.600 soldados e cabos pagaram indemnizações para rescindir os seus contratos com o Exército português. Só este ano, foram cerca de 500 os praças a pagarem para sair antes do tempo do Exército, tendo-se registado, nos últimos três anos, uma subida de 16,3% no número de indemnizações pagas, avança o jornal “Diário de Notícias”.

O tenente-coronel Vicente Pereira explica ao jornal que as razões que motivam estas saídas antecipadas são “comuns e são fundamentalmente de ordem económica”. O porta-voz do Exército recusa, no entanto, a ideia de que haja uma tendência e sublinha que os números registados em 2017 “não consubstanciam uma alteração significativa em relação aos anos anteriores”.

Para poderem rescindir o contrato com o Exército, os soldados e cabos têm de compensar os custos de formação que lhes foi dada e da consequente expectativa do ramo quanto ao aproveitamento dos militares. Embora Vicente Pereira se escuse a referir os valores pagos, fontes do ramo ouvidas pelo “DN” sob anonimato indicam que, em média, as indemnizações têm variado entre os 1.000 e os 1.500 euros.

É na categoria de praças que o Exército tem registado o maior défice de efetivos. Fontes do “DN” indicam que a falta de militares ronda os 2.700. Vicente Pereira não comenta estes dados, dizendo apenas que os dados oficiais relativos ao ano passado mostram que o Exército precisava de 3.750 cabos e soldados mas só admitiu 1.440, correspondendo a 38,4% das necessidades identificadas.

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