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Manuel Pizarro deixa “para os próximos dias” novidades sobre a Saúde

O Presidente da República empossou o médico Manuel Pizarro como novo ministro da Saúde. O novo ministro tomou posse sozinho, ficando para mais tarde a tomada de posse dos seus secretários de Estado. A oposição em peso mostrou-se pouco agradada com a sua escolha.
10 Setembro 2022, 18h26

O médico Manuel Pizarro já é ministro da Saúde, em substituição de Marta Temido. Pizarro foi empossado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa – ficando para mais tarde a tomada de posse dos secretários de Estado que vão acompanhar o novo ministro.

O nome de Manuel Pizarro não foi bem recebido pelos partidos da oposição. Desde o Bloco de Esquerda ao Chega, todos os partido consideraram que a escolha é exclusivamente política e reforça o peso do aparelho do PS no Governo. Todos os líderes partidários convergiram na opinião segundo a qual a nomeação de Manuel Pizarro é uma continuidade em relação a Marta Temido. E é também, dizem ainda, a continuidade de uma política desastrosa em termos do Sistema Nacional de Saúde.

A cerimónia de tomada de posse demorou breves minutos e foi a antecâmara de uma conversa entre o primeiro-ministro e o Presidente da República. Entretanto, António Costa disse no final que a nova direção executiva do SNS vai ser uma peça essencial da renovação do sistema. Costa agradeceu à ministra cessante e ao ministro empossado: “dará continuidade às reformas em curso”, disse sobre Manuel Pizarro.

Fernando Araújo como presidente da nova direção executiva? António Costa não quis confirmá-lo, nem esteve disponível para tecer mais comentários sobre a matéria. “Desde que sou primeiro-ministro que o orçamento para a saúde já aumentou mais de 40%”, recordou o primeiro-ministro. Mais que dinheiro, disse, o sistema precisa de uma gestão mais atuante e “melhor organização”. Há mais 23% de médicos e mais 20% de auxiliares, recordou ainda.

“Continuar a reforça o SNS é o programa que os portugueses votaram em maioria”, recordou António Costa. O primeiro-ministro deu ainda nota de não entender as críticas deixadas pela oposição: “Se a maior crítica é o novo ministro ser do PS”, é porque há pouca coisa para dizer.

Manuel Pizarro disse por seu turno que “guardarei para os próximos dias” mensagens mais substanciais sobre aquilo que pretende fazer. “Só posso ficar satisfeito com o facto de o Bastonário da Ordem dos Médicos ser acolhido favoravelmente” o seu nome para preencher o lugar. O novo ministro da Saúde mostrou-se disponível apenas alguns minutos para responder a perguntas.

Marta Temido, igualmente abordada no final da cerimónia, não quis dar mais explicações que aquelas que já tinha dado sobre a sua saída. “Estava criado o ambiente para que houvesse uma responsabilidade pessoal, e entendi que devia ser minha”, afirmou. “Estava mais do lado do problema que da solução” segundo a ótica do próprio sector, disse ainda.

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