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Maratona do Funchal não volta a acontecer com o mesmo formato, avisa Presidente da Câmara

“Não se pode impedir as pessoas de saírem de casa para fazer a sua vida só por causa da maratona. Estamos a falar de uma zona que é o coração do centro da cidade, uma zona de muito turismo, de unidades hoteleiras, de restauração, de comércio e zonas residenciais”, sublinha Pedro Calado.
20 Janeiro 2022, 17h22

A interrupção da circulação rodoviária por causa da  realização de provas de atletismo, nomeadamente as designadas ‘VIII Maratona do Funchal/ XI Meia Maratona e XI Mini Maratona do Funchal’ que decorrem no próximo domingo, vai acabar.

O Presidente  da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado, garantiu esta quinta-feira, 20 de janeiro, aos munícipes que não vai permitir no futuro a realização deste tipo de eventos no concelho do Funchal, que levem ao “fecho da cidade” durante um horário prolongado, neste caso entre as 08h e as 15h.

Pedro Calado ressalva que a Câmara é favorável a toda a componente desportiva na cidade do Funchal e apoia o desporto, até pela importância que tem para o turismo, mas frisa que, no futuro, é preciso articular e compatibilizar muito bem o horário de funcionamento destes eventos com a vida normal das pessoas.

“Ou se faz a prova numa faixa de rodagem e outra faixa fica livre para as pessoas circularem ou então alargar o circuito mas nunca desta forma”, avisa o autarca.

Pedro Calado lembrou que a autarquia do Funchal  quando tomou conhecimento da prova, já estava toda a organização montada e os atletas já estavam a ser recebidos no Funchal, sem ter dado ainda autorização, nem licenciamento.

“Nós não vamos cancelar a prova, mas com muito custo da nossa parte, foi feita uma negociação com a PSP para se conseguir que as pessoas saíssem de casa, mas regressando depois de terminado o evento”, referiu o autarca.

“Isto gera um incómodo muito grande às pessoas sobretudo, quem vem da Rotunda da Assicom, Avenida do Infante, Avenida Sá Carneiro  até ao Mercado. Ter toda esta zona do Funchal bloqueada durante sete horas é demasiado”, refere.

“Não se pode impedir as pessoas de saírem de casa para fazer a sua vida só por causa da maratona. Estamos a falar de uma zona que é o coração do centro da cidade, uma zona de muito turismo, de unidades hoteleiras, de restauração, de comércio e zonas residenciais”, sublinha o autarca.

De forma antecipada, Pedro Calado pede desculpas a toda a população pelo incómodo que vai ser gerado, no domingo, mas sublinha que é uma situação que a Câmara não conseguiu dar a volta porque já estava tudo montado.  No entanto, assegura a todos os munícipes que nunca mais se volta a repetir o evento neste formato e sem previamente haver uma concordância entre todos, compatibilizando a vida normal das pessoas, com a realização de eventos desportivos.

As declarações de Pedro Calado foram feitas à margem da reunião semanal da Câmara, na qual foi decidido estabelecer um protocolo  com uma entidade nacional AIDGLOBAL-Acão e Integração para o Desenvolvimento Global para cooperar em áreas de intervenção como a cidadania participativa , educação, cultura, projetos que envolvam também a igualdade de género, promoção do desenvolvimento e ações sociais nas escolas de interesse para o município.

A Câmara Municipal do Funchal vai colaborar logisticamente arranjando um espaço físico e proporcionando a que esta entidade faça ações de formação, as quais se materializam, por exemplo, “em caminhadas, jogos, envolvimento com a parte estudantil, bem como a colaboração com apoio logístico para a realização desses eventos”.

A Autarquia autorizou ainda dois pagamentos de pedidos de indemnização por danos nas viaturas em consequência do mau tempo.

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