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Marcelo: “no momento em que se está a combater o fogo, essa é prioridade”

Entre ontem e hoje, milhares de hectares foram destruídos pelos incêndios, populações e praias fluviais evacuadas e já há relatos de diversas habitações e alfaias agrícolas que foram pasto das chamas, além de se terem verificado 20 feridos, um dos quais em estado grave.
  • Cristina Bernardo
21 Julho 2019, 19h24

Marcelo Rebelo de Sousa evitou há minutos emitir alguma crítica à forma como foi feita a prevenção e o combate aos fogos que estão a decorrer há mais de 24 horas em diversos concelhos do distrito de Castelo Branco, em particular em Vila de Rei e na Sertã, assim como em Mação, concelho do distrito de Santarém.

“No momento em que se está a combater o fogo, essa é a prioridade”, sublinhou o Presidente da República em declarações aos jornalistas em Marvão, onde vai assistir ao Festival de Música Internacional de Marvão, Alto Alentejo, distrito de Portalegre.

Desta forma, Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se a fazer comentários sobre a prevenção e o combate operacional aos incêndios, que já levantou algumas críticas por parte de autarcas e de populares nas últimas horas.

Para o Presidente da República, haverá depois um tempo próprio para fazer essas análises e balanços.

“Já disse a todos os presidentes de Câmara que mal estejam concluídas as operações, quanto mais depressa, melhor, lá irei”, assegurou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República admitiu que, “em Mação, a situação é a mais complexa”, mas referiu também os reacendimentos dos fogos nos concelhos de Vila de Rei e da Sertã.

Entre ontem e hoje, milhares de hectares foram destruídos pelos incêndios, populações e praias fluviais evacuadas e já há relatos de diversas habitações e alfaias agrícolas que foram pasto das chamas, além de se terem verificado 20 feridos, um dos quais em estado grave.

O Presidente da República foi visitar esse acidentado, civil, que foi internado em Lisboa, no Hospital de São José.

“Pude verificar a forma muito cuidadosa como está ser tratado”, garantiu Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que este acidentado com queimaduras graves está com “perspetiva de evolução favorável”.

“Quero deixar uma palavra de solidariedade a todos os que estão a sofrer com esta situação, as populações, os operacionais e os autarcas, que estão mobilizados há 48 horas”, destacou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República expressou ainda o desejo de que “baixe a temperatura, que aumente a humidade e que baixe o vento”.

Ontem, dia 20 de julho, à noite, o presidente da ANPC – Autoridade Nacional da Proteção Civil, Belo Costa, previa que as três frentes de incêndio estivessem controladas no início da manhã.

Tal não se verificou. Pior, a partir das três da tarde, com o recrudescimento da intensidade do vento, tudo se agravou de forma aparentemente descontrolada.

Só no concelho de Mação, estão 15 povoações ameaçadas neste momento, segundo avança a RTP3, com vários repórteres no local.

Os últimos relatos indicam que uma das frentes deste incêndio, que é já o mais grave do ano em Portugal, se dirige novamente para o distrito de Castelo Branco, agora ameaçando entrar no concelho de Proença-a-Nova.

 

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