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Marcha de católicos dispersa pela forças de segurança na República Democrática do Congo

Uma marcha de católicos contra a continuidade do Presidente Joseph Kabila no poder foi dispersa pela polícia hoje, após uma missa na catedral de Kisangani, no nordeste da República Democrática do Congo (RD Congo), e provocou feridos, constatou um jornalista da AFP.
  • REUTERS/Robert Carrubba
25 Fevereiro 2018, 12h37

Centenas de fiéis que saíram da missa iniciaram uma marcha antes de serem dispersos pelas forças de segurança, que usaram gás lacrimogéneo e munições reais.

Pelo menos duas pessoas foram feridas na sequência de tiros das forças de segurança, de acordo com o correspondente da agência de notícias francesa.

Os fiéis refugiaram-se na paróquia cantando o “Debout Congolais”, o hino nacional da RDC.

Na comunidade de Mangobo, no norte de Kisangani, os moradores reuniram-se nas ruas e vários grupos de jovens ficaram a 50 metros da Guarda Republicana, uma unidade especial encarregada de proteger o Presidente Joseph Kabila.

Estas marchas são organizadas pelo Comité de Coordenação de Leigos (CLC), um coletivo de intelectuais próximos da Igreja Católica, que pede ao Presidente Kabila para anunciar publicamente que não será candidato nas eleições agendadas para 23 dezembro.

O mandato de Kabila terminou a 20 de dezembro de 2016, mas o Presidente recusa-se a deixar o poder, adiando sistematicamente as eleições.

Em Kinshasa, a marcha de hoje foi proibida.

A polícia definiu como objetivo “mortes zero” para este terceiro protesto.

As duas manifestações anteriores, que ocorreram a 31 de dezembro e a 21 de janeiro, causaram cerca de 15 mortos, de acordo com a Igreja.

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