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Mario Draghi anuncia impostos sobre lucros extraordinários para o sector energético

Governo italiano vai estender a aplicação de impostos sobre lucros extraordinários aos grupos energéticos, como forma de financiar um novo pacote de apoio económico de 14 mil milhões de euros para famílias vulneráveis, empresas e projetos de investimento, bem como fazer face ao aumento dos preços das matérias-primas.
3 Maio 2022, 11h11

O primeiro-ministro de Itália, Mario Draghi, anunciou que o governo vai estender a aplicação de impostos sobre lucros extraordinários aos grupos energéticos, como forma de financiar um novo pacote de apoio económico de 14 mil milhões de euros para famílias vulneráveis, empresas e projetos de investimento, bem como fazer face ao aumento dos preços das matérias-primas, segundo o “Financial Times”.

“A determinação do governo em apoiar a economia, as famílias e as empresas continua a ser intensa, determinada e decisiva”, disse o governante italiano.

As medidas englobam um pagamento único em dinheiro de 200 euros para milhões de italianos que vivem com baixos rendimentos ou pensões, subsídios de preços de energia para famílias vulneráveis, créditos fiscais para as empresas para fazer face a custos energéticos mais elevados, e fundos adicionais para os governos locais.

“As medidas de hoje abordam sobretudo o problema do custo de vida, que está a prejudicar a maioria dos nossos cidadãos”, justificou Draghi aquando da apresentação do plano numa conferência de imprensa na segunda-feira à noite.

Segundo Draghi, o governo financiará o conjunto de medidas através do aumento do imposto sobre os lucros inesperados das empresas de energia para 25%, em comparação com os 10% previstos quando o imposto foi anunciado pela primeira vez em março, dada a sua limitada capacidade de contrair empréstimos adicionais.

Em Portugal, este recurso não está, para já, em cima da mesa, apesar de, no início de abril, o ministro da Economia ter admitido a criação deste imposto devido aos aumentos dos preços das matérias-primas.

“Essa medida, como expliquei, nunca foi discutida pelo Conselho de Ministros, mas faz parte da carta de opções. […] Nesta altura não estamos a considerar de todo, vamos ver como é que a economia evolui e como é que nós vamos responder a esses desenvolvimentos”, disse o ministro da Economia, António Costa Silva, no dia 19 de abril.

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