A alta comissária para os Direitos Humanos fala de mais de 1300 mortes de civis, mas admite que número real “é provavelmente mais alto em milhares”
Pelo menos 1.348 civis foram mortos durante a batalha de Mariupol, incluindo 70 crianças, disse a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, na quinta-feira. “O número real de mortos nas hostilidades contra civis é provavelmente mais alto em milhares”, tornando-o possivelmente no mais mortífero da Ucrânia até agora, acrescentou.
As mortes “foram causadas por ataques aéreos, bombardeamentos de tanques e artilharia e armas pequenas e leves durante os combates de rua”, indicou, segundo a “CNN”. “Corpos foram encontrados em valas, individuais ou comuns, em quintais, ruas e parques, em casas e apartamentos abandonados. Muitos ainda estão para ser enterrados”, disse.
Bachelet acrescentou que agora é “impossível saber” o número exato de mortos “até que todos os cadáveres sejam recuperados e identificados”. Também só nessa altura, continuou, se poderá descobrir as causas exatas de morte estabelecidas, isto é, se diretamente pelas hostilidades ou causadas por falta de de comida, água, cuidados médicos e outros efeitos de viver durante as hostilidades.
Cerca de 90% dos edifícios residenciais foram danificados ou destruídos no sul da cidade, de acordo com a mesma fonte.
