O McDonald’s iniciou o processo de venda do seu negócio na Rússia, 30 anos depois de se ter estreado no mercado russo. A saída da Rússia acontece dois meses depois de ter encerrado os mais de 800 estabelecimentos no país, por conta da invasão à Ucrânia.
“A crise humanitária causada pela guerra na Ucrânia, e o ambiente operacional imprevisível levaram a McDonald’s a concluir que a continuidade da propriedade do negócio na Rússia já não é aceitável nem consistente com os valores da McDonald’s”, indica a empresa em comunicado citado pelo “The Guardian”.
A cadeia de fast-food americana vai “vender todos os seus restaurantes na Rússia a um comprador local” e os 847 restaurantes vão ter de deixar de utilizar o nome, logótipo, marca e menu da empresa.
No entanto, e mantendo uma porta aberta a futuros negócios, a cadeia norte-americana admite que “vai manter as marcas registadas” na Rússia.
A multinacional reconhece que os prejuízos com a saída serão mais que muitos, estimando-se uma perda entre os 1,2 e 1,4 mil milhões de dólares (1,15 e 1,34 mil milhões de euros). Quando procedeu ao encerramento das lojas, o McDonald’s apontava a perda de 50 milhões de dólares (47,97 milhões de euros) por mês, ainda que estimava um fecho temporário.
Apesar do fecho, e tal como fez até agora, a empresa vai continuar a assegurar os salários de todos os funcionários na Rússia até que a venda esteja concluída. A multinacional vai ainda tentar que os milhares de funcionários mantenham o seu emprego junto do novo proprietário.
“Estamos excecionalmente orgulhosos dos 62 mil empregados que trabalham nos nossos restaurantes, e das centenas de fornecedores russos que apoiam o nosso negócio e as nossas franquias locais. A sua dedicação e lealdade à McDonald’s tornaram este anúncio extremamente difícil”, adiantou o presidente executivo da McDonald’s, Chris Kempczinski.
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