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Menos de seis meses foram suficientes para vender 85% das casas em Portugal

Investimento efetuado no setor imobiliário já ultrapassou os 70 mil milhões de euros desde 2014. Este valor aproxima-se do pedido de resgate financeiro que foi apresentado por Portugal à troika.
14 Setembro 2018, 08h30

Cerca de de 85% das casas que se encontravam no mercado no último ano para venda demoraram menos de seis meses a serem vendidas, de acordo com os dados divulgados pelo jornal “Público” desta sexta-feira, através da Associação Portuguesa dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

De acordo com o presidente da APEMIP, Luís Lima o tempo médio da venda de habitações tem vindo a baixar de forma acentuada. “Em 2014 e 2015 o tempo médio de venda era superior a dois anos. Atualmente, um terço dos imóveis demora entre um e seis meses a ser vendido”, destacando ainda que “a percentagem das vendas em menos de três meses vai aumentar este ano”.

Segundo a APEMIP dos cerca de 85% de casas que demoraram a ser vendidas em menos de seis meses, 37,7% levam entre um e três meses e 46,67% entre a quatro a seis meses e somente 4,44% das habitações permanecem no portefólio dos mediadores mais de um ano para serem vendidas.

A rapidez com que o mercado adquire os imóveis que são postos à venda tem vindo a refletir a procura que existe no setor imobiliário e que, de acordo com a Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII), representou no último ano 11% do Produto Interno Bruto (PIB).

Andamos a brincar com coisas sérias. Esta imprevisibilidade e loucura legislativa pode vir a destruir um setor que desde 2014 foi responsável por mais de 7o milhões de euros de investimento em Portugal. Recordo que foi dessa ordem de grandeza o valor do cheque que fomos pedir à troika”, referiu Hugo Santos Ferreira, vice-presidente executivo da APPII.

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