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MEO, NOS e CTT são as empresas com mais queixas dos portugueses (com áudio)

Os sectores das comunicações eletrónicas, bens de consumo e serviços financeiros correspondem a dois terços das reclamações, 100.956 no total.
28 Junho 2022, 06h45

A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), recebeu um total de 144.452 reclamações nos primeiros seis meses de 2022. Entre as empresas mais visadas, destacam-se a MEO, NOS e os CTT no topo da lista.

Os sectores das comunicações eletrónicas, bens de consumo e serviços financeiros correspondem a dois terços das reclamações, 100.956 no total, apesar da DECO apelar à utilização da Plataforma Reclamar como o meio mais eficaz na resolução das queixas dos consumidores.

Apesar de a TAP, MEDICARE e os CTT serem as três empresas mais reclamadas em 2021, à excessão dos CTT que mantém a posição, foram as operadoras de telecomunicações — MEO e NOS que formaram o pódio de queixas realizadas pelos consumidores nacionais nos primeiros seis meses de 2022, através dos canais da DECO PROTESTE (telefone, email e ‘Plataforma Reclamar’).

Rita Rodrigues, responsável pelas relações institucionais da DECO PROTESTE explica que “após um período de confinamento, com limitações concretas para o sector do turismo, as queixas sobre as companhias aéreas estabilizaram. Contudo, na ‘Plataforma Reclamar’, a TAP mantém-se como a companhia mais reclamada (472 queixas), para além das situações reportadas por telefone e email que totalizam as 356 queixas”.

Rita Rodrigues esclarece ainda que “a ‘Plataforma Reclamar’ permite aos consumidores solicitar ajuda na resolução de situações de conflito com vendedores, distribuidores, cobradores, prestadores de serviços, entidades públicas e privadas, pelo que deve ser o canal privilegiado para realizarem as suas exposições”.

Através da Plataforma Reclamar, nos seis primeiros meses do ano, a DECO intermediou mais de 3.135 casos. Devido às queixas na plataforma estarem no domínio publico e, assim, disponíveis para consulta, a DECO sublinha a “agilidade das empresas”, que por iniciativa própria, respondem num período médio de cinco dias.

Segundo os dados apurados pela ‘Plataforma Reclamar’, telefone e email da DECO PROTESTE, as queixas referentes ao sector das comunicações eletrónicas dizem respeito, na sua maioria, a dificuldades na mudança de prestador de serviços e a problemas com a internet.

Por sua vez, no sector de bens de consumo, a maior parte das queixas reportadas dizem respeito à falta ou atraso na entrega de bens. Aqui, as marcas Worten, Fnac e Gtech são as mais visadas.

Nos serviços financeiros, os portugueses relatam questões relacionadas com comissões bancárias, transparência dos produtos financeiros e contratos bancários, sendo que a Caixa Geral de Depósitos, o Santander e o Novo Banco completam o top três das entidades mencionadas.

“É aconselhável que os consumidores escolham expor as suas reclamações por escrito, uma vez que, segundo a nossa experiência, as reclamações quando tornadas públicas e expostas online, têm um maior impacto e taxa de resolução, daí que seja notada uma procura crescente pela Plataforma Reclamar, tendo em conta que a média de resolução do problema entre o consumidor e a entidade em questão se tem situado, em média, nos cinco dias após a publicação da ocorrência”, conclui Rita Rodrigues.

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