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Mercado das Tecnologias da Informação vai ultrapassar os 5 mil milhões em Portugal este ano, estima IDC

Os especialistas da consultora anteveem ainda que a transformação digital vá representar metade de todo o investimento nacional em TIC o até o final de 2025.
28 Setembro 2022, 16h24

O mercado das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em Portugal vai ultrapassar, pela primeira vez, os 5 mil milhões de euros este ano, o que representa um ligeiro crescimento homólogo de 3,9%, de acordo com as previsões da consultora International Data Corporation (IDC) divulgadas esta quarta-feira.

Os especialistas da IDC anteveem ainda que a transformação digital vá representar metade (50%) de todo o investimento nacional em TIC o até o final de 2025, segundo a informação que foi transmitida no evento IDC Directions, que se realizou esta manhã no Centro de Congressos do Estoril.

A nível mais técnico, os peritos creem que mais de 50% do investimento em software será no modelo Software as a Service (SaaS), que hoje supera significativamente os esquemas de licenciamento de software tradicionais. Quanto à cloud (armazenamento na nuvem), dizem, está “mainstream”. Ou seja, a tecnologia encontra-se a ser amplamente adotada pelas empresas, sem surpresas.

A maioria desse capital para digitalização das organizações será aplicado em novos use cases (“casos de uso”. Apesar da recessão que se aproxima a passos largos, a IDC reforça o argumento que, por vezes, no circula na indústria de que as TIC não são imunes, mas manter-se-ão a crescer. Aliás, a consultora norte-americana prevê que os investimentos tecnológicos passem a ter uma taxa de crescimento anual média de 16,5%, entre 2022 e 2025.

Ainda assim, o country manager da IDC Portugal considera que “devemos ambicionar mais para Portugal e para a Europa”. “O tecido empresarial tem de acelerar ainda mais a transformação digital. A transição digital no sector público tem de ser mais rápida. Portugal tem obrigatoriamente de apostar mais na criação e atração de talento e posicionar-se como um hub para vários ecossistemas digitais e reforçar o foco na sustentabilidade”, afirma Gabriel Coimbra, que é também vice-presidente do grupo IDC.

“Não obstante continuarmos a prever crescimento para 2022 e 2023, a impacto da guerra, da inflação e do respetivo abrandamento económico fará com que o crescimento em Portugal cresça menos de 1/3 do que estava previsto”, ressalva Gabriel Coimbra.

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