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Mercado de trabalho inalterado entre fevereiro e março. Desemprego estaciona em 6,9% (com áudio)

A taxa de desemprego fixou-se em 6,9% em março, valor idêntico ao registado no mês anterior. Ainda assim, em comparação com o cenário registado há um ano, verificou-se um agravamento de mais de um ponto percentual.
2 Maio 2023, 11h06

Março foi sinónimo de estabilidade no mercado de trabalho português, mostram os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Não só a taxa de desemprego registou um valor idêntico ao de fevereiro, como também as taxas de atividade, de emprego, de inatividade e de subutilização do trabalho não mexeram face ao mês anterior.

Apesar dos efeitos da guerra, o mercado laboral mostrou-se resiliente durante grande parte do último ano, mas o fim de 2022 ficou marcado por agravamentos sucessivos da taxa de desemprego. Já em fevereiro de 2023 deu-se uma inversão dessa trajetória, tendo o indicador em questão caído para 6,9%, valor que se manteve em março, de acordo com a nota divulgada esta manhã.

“A taxa de desemprego situou-se em 6,9%, valor igual ao de fevereiro de 2023, mas superior ao de dezembro de 2022 e ao de março do mesmo ano (0,2 pontos percentuais e 1,1 pontos percentuais, respetivamente)”, adianta o gabinete de estatísticas.

No total, no terceiro mês do ano, havia 362,5 mil pessoas desempregadas em Portugal, menos 0,3% do que em fevereiro, mas mais 21,3% do que há um ano, acrescenta o INE.

Já a população empregada registou uma variação “quase nula em relação ao mês anterior” para 4.911,8 mil indivíduos. E em comparação com março de 2022, houve um aumento de 0,4%. Contas feitas, também a taxa de emprego não mexeu em março face a fevereiro, fixando-se em 63,9%. Manteve-se, assim, em máximos de fevereiro de 1998, assinala o gabinete de estatísticas.

Por outro lado, quanto à população ativa, o INE revela que havia 5.274,3 mil indivíduos nesse universo, valor praticamente inalterado face ao mês anterior, mas superior em 1,6% ao registado há um ano. A taxa de atividade situou-se em 68,6%, valor idêntico ao de fevereiro e o mais elevado desde fevereiro de 1998.

“A estabilização da população ativa resultou do acréscimo da população empregada (1,8 mil, a que correspondeu uma variação relativa quase nula) ter praticamente igualado a diminuição da população desempregada (1,3 mil; 0,3%)”, detalha o INE.

A mesma estabilidade foi verificada ao nível da população inativa, que “registou uma variação relativa quase nula em relação ao mês anterior”, e da taxa de subutilização do trabalho, que situou em 12,1%, “mantendo-se inalterada em relação ao mês anterior”.

A subutilização de trabalho, convém explicar, inclui desempregados, subemprego em tempo parcial, inativos disponíveis para trabalhar mas que não procuram um novo posto, e inativos que procuram emprego mas não estão disponíveis para começar um novo trabalho.

Notícia atualizada às 11h35

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