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Mercados dão sinais que fazem recordar crise de 2008, alerta diretor do JP Morgan

Bob Michele alertou para as semelhanças entre a acalmia atual dos mercados e aquela que antecedeu a crise económica de 2008. Os sinais, alerta este especialista, são preocupantes.
  • Bob Michele. Créditos: Kholood Eid/Bloomberg
9 Junho 2023, 19h28

O estado atual dos mercados de ações está a transmitir a percepção, tanto a investidores como também a analistas, de várias questões relacionadas com a crise económica acompanhada de recessão de algumas economias ocidentais.

Um dos especialistas que partilham estes receios é o diretor de investimentos do banco JP Morgan, Bob Michele, que vê semelhanças entre a situação macroeconómica atual e aquela que levou à crise financeira iniciada em 2008.

Em entrevista à estação norte-americana “CNBC”, Bob Michele, que trabalha no ramo há cerca de quatro décadas, alertou que os sinais de estabilidade que se notam nos mercados de ações são um mau presságio e chegam antes dos problemas sérios tal como aconteceu nos meses que antecederam a crise de 2008.

O responsável sublinhou que o momento faz-lhe lembrar o “terrível período de março a junho em 2008”. Isto porque, já naquela altura, os investidores questionavam a estabilidade da banca, tal como acontece agora.

Outro fator que permite desenhar um paralelismo entre 2023 e 2008 é que, daquele lado do Atlântico, o JP Morgan adquiriu o banco regional First Republic, que se encontrava em situação de enormes dificuldades. Ora, já naquele tempo, em 2008, o mesmo JP Morgan adquiriu o banco de investimentos Bear Stearns, quando este estava num contexto idêntico.

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