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Mês de outubro marcado pela redução da seca e diminuição de 25% na produção de fruta

O teor de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, verificou um aumento generalizado. No entanto, o mesmo não aconteceu com a fruta, como é o caso das maçãs em que se produziu menos 25%.
18 Novembro 2020, 12h10

O final do mês de outubro ficou marcado pela redução da seca em Portugal, mas também por uma menor produção de fruta, segundo os dados divulgados esta quarta-feira, 18 de novembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o índice meteorológico de seca PDSI3, “verificou-se um desagravamento significativo da área e da intensidade da situação de seca meteorológica em todo o território, que apenas se mantém na sua classe mais baixa (seca fraca) em algumas zonas do Baixo Alentejo e Algarve (12,4% do território continental)”.  O teor de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, foi caracterizado por um aumento generalizado, mas em  zonas do Baixo Alentejo e Algarve ainda se verificavam valores de percentagem de água no solo inferiores a 20%.

Quanto às reservas hídricas, o volume de água armazenado nas albufeiras de Portugal continental, em outubro encontrava-se nos 60% da capacidade total. Em comparação a setembro, houve um aumento no volume de água armazenado nas albufeiras das bacias hidrográficas do Mondego, Tejo, Sado e Guadiana. Com a subida, as albufeiras passam a representar mais de três quartos da capacidade total das albufeiras nacionais.

Segundo o INE estas “condições meteorológicas e hidrológicas permitiram a realização dos trabalhos agrícolas da época, nomeadamente de instalação das culturas arvenses outono/invernais e hortícolas para indústria, bem como o início das podas de fruteiras e vinhas”. Contudo, os dados divulgados sublinham uma redução na produção de fruta.

As previsões agrícolas de 31 de outubro indicam diminuições significativas na produção de maçã ( de menos 25%, face à campanha anterior) e de pera (um recuo de 35%). Foram produzidos menos 1,2 milhões de toneladas de tomate e a produção de arroz reduziu em 10%. O INE justifica que estas reduções aconteceram “devido a condicionalismos fisiológicos, quer devido a condições meteorológicas adversas”.

A informação divulgada também demonstra decréscimo de 30% na produção dos olivais face a 2019. Quanto à vinha, a produção deverá diminuir 5%, face à vindima anterior.

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