A metalomecânica e metalurgia têm tido dificuldade a encontrar mão-de-obra que consiga responder às necessidades atuais destas indústrias. De acordo com o último inquérito da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e afins de Portugal (AIMMAP), divulgado pelo “Público”, são precisos, a curto prazo, 28 mil novos trabalhadores.
No passado mês de novembro, o crescimento homólogo das exportações do setor metalúrgico atingiu os 25%, o que significa 1694 milhões de euros, o melhor valor mensal registado. Desde janeiro até ao 11º mês de 2017, a metalurgia já tinha registado mais de 15 mil milhões de euros exportados.
“É o décimo quinto mês consecutivo sempre acima dos mil milhões de euros. Nunca tínhamos ultrapassado os 1600 milhões e desta vez quase chegamos aos 1700”, afirma ao jornal o vice-presidente executivo da AIMMAP. Rafael Campos Pereira refere que “isto resulta naturalmente do crescimento das empresas que já cá estão, mas também da entrada de novos players no setor”.
Um dos motivos para a falta de funcionários tem que ver com a situação financeira dos centros de formação na área, assinala o mesmo diáirio. Nos últimos três anos, passaram a ser abrangidos pela reclassificação do setor empresarial do Estado, que os deixaram sujeitos a cativações e lhes trouxe problemas.
