[weglot_switcher]

Metro de Lisboa prevê aumento gradual do número de passageiros

O plano de retoma faseada do Metropolitano de Lisboa prevê um reforço imediato da oferta de comboios, com o objetivo, por um lado de poder corresponder à procura que se vier a verificar e, por outro, assegurando uma oferta adequada às medidas de segurança e à distância entre clientes.
  • Metro De Lisboa
12 Maio 2020, 08h05

A propósito das novas regras para os passageiros de transportes públicos, que entraram em vigor a 3 de maio passado, o Jornal Económico foi ouvir os responsáveis das empresas mais representativas do setor para tentar perceber como estão a implementar essas medidas, quais as alterações que vão introduzir nos seus serviços e quais os impactos que esta nova realidade terá na estrutura de custos da empresa.

Conheça a resposta a estas questões dada por fonte oficial do Metro de Lisboa nesta fase de desconfinamento.

 

De que forma é que a empresa vai implementar as novas orientações impostas pelo Governo durante o Estado de Calamidade, atualmente em vigor, nomeadamente em termos de desdobramento de horários?
O plano de retoma faseada do Metropolitano de Lisboa prevê um reforço imediato da oferta de comboios, com o objetivo, por um lado de poder corresponder à procura que se vier a verificar e, por outro, assegurando uma oferta adequada às medidas de segurança e à distância entre clientes.

Face à imposição de disponibilizar apenas dois terços dos lugares para passageiros no atual Estado de Calamidade em vigor, está a empresa a ponderar reforçar a frequência de circulação dos respetivos meios de transportes?
A empresa continuará a centrar as suas medidas em torno dos clientes e dos trabalhadores. Como a abertura da economia se prevê seja um processo gradual, será expectável, igualmente, um aumento gradual do número diário de utilizadores, situação que facilitará a aplicabilidade das medidas recomendadas. A oferta será aumentada sempre que tal se vier a justificar.

O Metropolitano de Lisboa está apto a programar a retoma dos níveis de oferta que atenda à evolução da procura, procurando garantir uma taxa de ocupação relativamente baixa e inferior aos dois terços da sua lotação para continuar a manter a possibilidade de distanciamento social recomendado e continuará, igualmente, a reforçar as ações de  limpeza do material circulante e das estações.

A monitorização deste processo permitirá introduzir medidas adicionais de controle, se necessário, designadamente no acesso aos cais, sobretudo nas horas de ponta. De acordo com a legislação publicada, o Metropolitano de Lisboa procurará controlar a obrigatoriedade do uso de máscara pelos seus clientes. O fecho dos canais de validação, com o respetivo controle de entradas e saídas nos acessos aos cais das estações permite, igualmente, uma melhor gestão do volume de passageiros na rede do Metropolitano de Lisboa.

Teremos a ajuda de agentes da PSP nas estações de maior movimento e onde se rebatem os comboios da CP, no sentido de evitar maiores aglomerações nos cais. Serão também difundidas informações e efetuadas campanhas de comunicação na rede e outros meios externos sobre a necessidade de manter o distanciamento social e a utilização dos equipamentos de proteção individual. Para que tudo decorra de acordo com as normas em vigor, contamos com a ajuda dos nossos clientes. Um comportamento cívico adequado contribui para a proteção de todos.

A empresa está a ponderar a distribuição de máscaras aos passageiros?
Para apoiar os seus clientes, na questão do uso de máscaras sociais, agora tornado obrigatório para quem viaja nos transportes púbicos, o Metropolitano de Lisboa adaptou as 84 máquinas de ‘vending existentes’, para venda, a preços acessíveis, de máscaras, gel e luvas. Estas máquinas estão disponíveis nas quatro linhas do Metro [de Lisboa] em 25 estações.

De que forma é que será assegurada a fiscalização as orientações?
Uma vez mais, contamos com uma adoção voluntária dos clientes do Metro desta medida, que foi anunciada pelo Governo. Teremos também o apoio dos trabalhadores do Metro que se encontram nas estações no sentido de apelar à utilização obrigatória da máscara, numa atitude de pedagógica e de sensibilização para a saúde pública, bem como o apoio de agentes da PSP nas estações de maior movimento.

Todos os clientes devem seguir as orientações emanadas pela DGS [Direção Geral de Saúde] e pelo Governo e acreditamos que, face à aplicação de coimas pela não utilização do equipamento e pela reprovação pública, assim acontecerá.

De que forma é que as medidas em vigor vão sobrecarregar os custos das empresas?
No contexto pandémico, os custos do Metropolitano de Lisboa sofreram um acréscimo mensal com custos relativos à aquisição de equipamentos de proteção, serviços adicionais de limpeza e desinfeção de instalações e material circulante. Acrescem a este valor os custos relacionados com a produção dos materiais gráficos, presentes nas estações no âmbito da campanha de informação e de apelo à utilização das máscaras e da manutenção do distanciamento, custos estes menos significativos. A globalidade destes custos não é relevante no conjunto dos gastos operacionais do ML.

A questão com maior impacto está relacionada com a alteração das rotinas dos planos de manutenção que pode trazer, no futuro, encargos de recuperação ainda não quantificáveis uma vez que estão dependentes da duração da pandemia e de como será feito o processo de retoma à normalidade.

Relativamente ao aumento da oferta ora efetuado no pós Estado de Emergência não implica custos para a empresa. Relembramos que o Metropolitano não se encontrava a circular na sua capacidade máxima durante o Estado de Emergência. Por outro lado, com o encerramento dos canais de validação ocorrido no passado dia 4 de maio, também se prevê um acréscimo de receita pela necessidade de aquisição, por parte dos clientes, dos títulos de transporte.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.