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Microsoft reforça compromisso de se tornar ‘net zero’ até 2030

Só no ano passado, a Microsoft apoiou projetos de reabastecimento de água que irão fornecer mais de 15,6 milhões de m3 em benefícios volumétricos, ajudando um milhão de pessoas de quatro países a terem acesso a água potável e a saneamento.
11 Maio 2023, 13h40

A Microsoft reforçou o compromisso em tornar-se net zero até 2030, eliminando o carbono ao longo de toda a cadeia empresarial. No novo relatório de sustentabilidade, a empresa de tecnologia mantém o compromisso que assinou em 2020, acrescentando que quer ser uma empresa positiva em água, com zero resíduos e que protege os ecossistemas onde opera.

Além destes objetivos e das medidas que já implementou, que permitiram uma redução de 22,7% nas emissões de carbono, a empresa vai lançar um conjunto de iniciativas para a Carbon Call e para o primeiro acordo de compra de energia de fusão com a Helion, ajudando a promover o mercado desta tecnologia recente.

Sobre este acordo com a Helion, a Microsoft indica que vai “receber eletricidade da primeira central elétrica de fusão comercial do mundo, propriedade e operada pela Helion”, uma empresa sediada em Redmond, no estado de Washington, que se tem mostrado “pioneira numa forma de criar energia de fusão que tem o potencial de substituir o combustível à base de carbono”.

O Constellation Energy Group irá atuar como comercializador de energia para o projeto, revendendo a energia produzida pela máquina Helion à Microsoft. “Prevê-se que a central esteja em funcionamento até 2028 e terá como objetivo a produção de energia de 50 MW ou superior após um período de arranque de um ano. O desenvolvimento de uma instalação comercial de energia de fusão é um passo crucial na transição para um futuro de energia sustentável e não só ajudará a Microsoft a atingir o seu objetivo de ser negativa em carbono até 2030, mas também apoiará o desenvolvimento de uma nova fonte de energia limpa para o mundo”, indica o comunicado.

Na mesma comunicação, o presidente da Microsoft, Brad Smith mostra que a empresa está satisfeita com estas mudanças ecológicas. “Estamos otimistas quanto ao facto de a energia de fusão poder ser uma tecnologia importante para ajudar o mundo na transição para as energias limpas. O anúncio da Helion apoia os nossos próprios objetivos de energia limpa a longo prazo e fará avançar o mercado para estabelecer um método novo e eficiente capaz de fornecer mais energia limpa para a rede e muito mais rapidamente”, destaca o presidente.

Segundo comunicado da empresa, o seu compromisso “passa por garantir que 100% da energia é gerada por fontes carbono zero” e, por isso, contratou 1,44 milhões de toneladas métricas de remoção de carbono, tendo ainda assinado novos contratos de aquisição de energia em todo o mundo, o que permitiu “aumentar o total de energia sem carbono para mais de 13,5GW”. Para a Microsoft, estas são medidas implementadas em mais de 135 projetos de 16 países, traduzindo-se numa redução de emissões acima dos 22%.

“Com o objetivo de reduzir o stress hídrico, inserido no Pacto Global das Nações Unidas, a Microsoft tem reduzido o consumo de água em todas as suas operações globais, reabastecendo mais água do que aquela que utiliza. O objetivo passa por fornecer às pessoas em todo o mundo acesso a serviços de água e saneamento, impulsionando a inovação na gestão da água”, sustenta a empresa no mesmo comunicado.

Só no ano passado, a Microsoft apoiou projetos de reabastecimento de água que irão fornecer mais de 15,6 milhões de m3 em benefícios volumétricos, “com destaque para um milhão de pessoas que tiveram acesso a soluções de água potável e saneamento no Brasil, Índia, Indonésia e México”.

Respetivamente aos resíduos, a Microsoft conseguiu desviar mais de 12 mil toneladas métricas de resíduos sólidos de aterros e incineradores, tendo a taxa de reutilização e reciclagem de servidores e componentes atingido os 82%. “Para isso contribuíram os cinco novos centros circulares inaugurados nos Estados Unidos, Irlanda e Singapura. A redução de plásticos de utilização única nas embalagens dos produtos Microsoft atingiu os 29%, uma diminuição de 4,7% para 3,3% em peso (em média) de plástico por embalagem. A somar a tudo isto destaque para data centers distribuídos por inúmeras regiões que receberam certificações Zero Waste, bem como, o campus de Redmond que recebe esta distinção há seis anos consecutivos”.

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