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Miguel Maya: A evolução do rating verificou-se “num contexto muito adverso”

O Millennium BCP  acaba de alcançar a notação de Investment Grade por parte das quatro principais Agências de Rating Internacionais (DBRS, Moody’s, S&P e Fitch).  
21 Setembro 2023, 16h29

O Millennium BCP  acaba de alcançar a notação de Investment Grade por parte das quatro principais Agências de Rating Internacionais (DBRS, Moody’s, S&P e Fitch). A Fitch subiu a notação financeira de BB+ para BBB-, diretamente a partir de um outlook neutro.

Miguel Maya, CEO do banco enviou uma comunicação interna, a que o Jornal Económico teve acesso, a marcar que “o dia de hoje, 21 de setembro de 2023, é um dia com um significado especial para todos os profissionais do BCP, pois é fruto do trabalho realizado de forma consistente pela generalidade dos trabalhadores do banco e do Grupo, em múltiplas equipas e em inúmeras frentes e geografias, vemos finalmente alcançada a notação de Investment Grade por parte das quatro principais Agências de Rating Internacionais (DBRS, Moody’s, S&P e Fitch)”, começa por dizer o banqueiro aos colaboradores do banco.

Passaram praticamente 12 anos desde que o BCP “deixou de merecer essa notação por parte das principais agências de rating. As implicações para um banco cotado, o único cotado em Portugal, de não ser Investment Grade, são muito relevantes a diversos níveis como bem sabemos”, sublinhou o CEO.

Esta evolução do rating, verificou-se “num contexto muito adverso, no qual nos deparámos com uma crise própria do banco, seguida de uma crise financeira global, de uma degradação da economia e das finanças de Portugal que levou o país a requerer ajuda externa internacional (Troika), uma pandemia sem precedentes nas nossas vidas profissionais, uma política monetária que estipulou que as taxas de juro estivessem negativas ao longo de mais de sete anos, um contexto político/jurídico na Polónia com implicações muito relevantes ao nível do provisionamento, uma guerra no coração da Europa decorrente da inqualificável invasão da Ucrânia pela Rússia, e, já há mais de um ano, um contexto inflacionista com o qual Portugal não se deparou nas últimas três décadas e que está a ter relevantes implicações na economia e na qualidade vida das pessoas”, lembra Miguel Maya.

“Alcançar este marco, chegarmos a este patamar, só foi possível com enorme profissionalismo e perseverança – foi um trabalho árduo e longo –, que implicou fazer escolhas e tomar decisões difíceis; as quais sempre suportamos numa análise rigorosa da informação de que podíamos dispor e tendo sempre presente os impactos resultantes das decisões que tomávamos”, referiu o CEO.

“Percorremos com sucesso uma etapa muito difícil, em que se evidenciou a capacidade de entrega e o compromisso inexcedível por parte dos profissionais do banco e o suporte excecional por parte dos principais acionistas”, avança o presidente do banco que tem como maiores acionistas a Fosun e a Sonangol.

Em nome da Comissão Executiva, Miguel Maya enfatiza que “um futuro bem-sucedido requer nunca darmos nada por adquirido, requer que em cada atuação continuemos a procurar a excelência, requer enorme respeito pelos clientes, requer uma cultura de serviço, de inovação, de ambição de superação e requer capacidade de atração e de desenvolvimento do talento humano, que é a pedra angular de todo este edifício orgânico que é o Grupo Banco Comercial Português”.

“A rendibilidade é a fonte de energia indispensável para que tudo possa fluir e evoluir de forma harmoniosa e sustentável, sendo a geração de prosperidade a essência indispensável para um futuro bem-sucedido para todos os stakeholders, pelo que em complemento ao agradecimento que vos faço aproveito também para vos solicitar um desempenho de excelência nestes meses muito exigentes de que ainda dispomos até final do ano”, apelou o CEO do BCP.

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