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Ministério quer alargar língua gestual a todos os alunos

PS, PCP, CDS e o PEV e Bloco de Esquerda votam amanhã, na Assembleia da República, projetos de resolução sobre o tema sobre o ensino de língua gestual portuguesa a alunos que não sejam surdos.
15 Dezembro 2016, 11h54

O ministério da Educação pretende alargar o ensino de língua gestual portuguesa a alunos ouvintes, pelo menos, nas 17 escolas de referência para a educação bilingue. A notícia foi avançada, esta quinta-feira, pelo “Diário de Notícias”.

De acordo com o que explicou o jornal, o ministério “recebeu a Federação Portuguesa das Associações de Surdos e disponibilizou-se para estimular que, sobretudo nas escolas de referência para surdos, todos os alunos possam ter de aulas de língua gestual portuguesa”.

Na opinião de Cândida Amorim, responsável pelo grupo de educação especial e surdez da escola Soares dos Reis, “há entendimento” entre ouvintes e surdos na escola, “mas de forma experimental.”

“As escolas de referência são bilingues. Isso só faz sentido quando há uma maior equidade no tratamento das duas línguas”, acrescenta. A responsável diz ao DN que era “muito importante” que a comunidade escolar soubesse esta língua.

Em Portugal, existem 504 alunos surdos, que estão distribuídos pelas 17 escolas de referência e por 16 unidades orgânicas.

“É conseguir o código de recrutamento para os docentes de Língua Gestual Portuguesa como primeira prioridade e depois criar um programa de ensino de Língua Gestual Portuguesa como segunda língua para as crianças/alunos ouvintes”, refere o presidente da Federação Portuguesa das Associações de Surdos.

Segundo afirmou Pedro Costa ao DN, um problema que ainda está por resolver é o facto de os profissionais que lecionam este tipo de aulas serem considerados técnicos e não professores.

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