A ministra da Saúde, Marta Temido, assumiu o erro que levou a que o número de casos confirmados de infetados com a Covid-19 revelado neste sábado seja mais reduzido do que no dia anterior com a descoberta de 422 casos duplicados registados na região Norte ao longo da semana. Foi por isso que o total desceu para 25.190, quando na véspera ascendia a 25.351 (apesar de haver 203 novos casos), sem que o erro tenha efeitos no número de óbitos provocados pela doença, que subiu para 1.023, com mais 16 mortes do que na véspera.
Marta Temido explicou que na noite desta sexta-feira foi feita uma validação de dados carregados no sistema ao longo dos últimos dias que permitiu detetar a existência de 422 erros no apuramento nos dados de vigilância epidemiológica, Isso levará a que todos os boletins da Direção-Geral de Saúde entre 25 e 30 de abril sejam corrigidos.
“Gostava de dizer que esta correção nos mostra, mais uma vez, a necessidade de robustecimento da nossa base tecnológica de suporte ao sistema nacional de vigilância epidemiológica, que tem um conjunto de operações que não são automáticas e que neste caso levaram a que esta correção fosse necessária, o que transmitimos com o habitual cuidado e transparência, apesar de esta circunstância nos penalizar a todos”, disse a ministra.
Num balanço dos últimos dados da pandemia em Portugal, Marta Temido destacou que entre 25 e 30 de abril houve 2.369 casos confirmados, desde o facto de 1.454 serem do sexo feminino a 438 terem mais de 80 anos. Mais de um terço dos novos casos ocorreram no distrito do Porto, seguindo-se os distritos de Lisboa e de Braga. Embora 73% dos casos fossem assintomáticos, metade tinham hipertensão arterial e diabetes. Por outro lado, um décimo dos internados necessitam de suporte ventilatória.
A ministra disse ainda que os principais contextos de transmissão da Covid-19 ao longo da semana foram os lares (37% dos casos novos), seguindo-se a residência própria (33%), o contexto laboral (15%), o contexto social (9%), restando 6% de casos de infeção em instituições ligadas à prestação de cuidados de saúde.
Quanto à reabertura das creches e das aulas presenciais de 11.º e 12.º ano, a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, disse que está a haver um trabalho com o Ministério da Educação para definir regras de segurança. No caso das creches vai haver um programa de testagem dos educadores das crianças, que o Ministério da Saúde “apoiará dentro das suas possibilidades e do que for pedido”, sendo utilizados meios de proteção individual por docentes e discentes.
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