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Ministra da Saúde assume erro de duplicação de casos que reduz número total de infetados

Total de infetados passou para 25.190, contra os 25.351 divulgados na véspera. Marta Temido explica que houve um erro de duplicação em casos relativos à região Norte.
  • Marta Temido, ministra da Saúde
2 Maio 2020, 14h14

A ministra da Saúde, Marta Temido, assumiu o erro que levou a que o número de casos confirmados de infetados com a Covid-19 revelado neste sábado seja mais reduzido do que no dia anterior com a descoberta de 422 casos duplicados registados na região Norte ao longo da semana. Foi por isso que o total desceu para 25.190, quando na véspera ascendia a 25.351 (apesar de haver 203 novos casos), sem que o erro tenha efeitos no número de óbitos provocados pela doença, que subiu para 1.023, com mais 16 mortes do que na véspera.

Marta Temido explicou que na noite desta sexta-feira foi feita uma validação de dados carregados no sistema ao longo dos últimos dias que permitiu detetar a existência de 422 erros no apuramento nos dados de vigilância epidemiológica, Isso levará a que todos os boletins da Direção-Geral de Saúde entre 25 e 30 de abril sejam corrigidos.

“Gostava de dizer que esta correção nos mostra, mais uma vez, a necessidade de robustecimento da nossa base tecnológica de suporte ao sistema nacional de vigilância epidemiológica, que tem um conjunto de operações que não são automáticas e que neste caso levaram a que esta correção fosse necessária, o que transmitimos com o habitual cuidado e transparência, apesar de esta circunstância nos penalizar a todos”, disse a ministra.

Num balanço dos últimos dados da pandemia em Portugal, Marta Temido destacou que entre 25 e 30 de abril houve 2.369 casos confirmados, desde o facto de 1.454 serem do sexo feminino a 438 terem mais de 80 anos. Mais de um terço dos novos casos ocorreram no distrito do Porto, seguindo-se os distritos de Lisboa e de Braga. Embora 73% dos casos fossem assintomáticos, metade tinham hipertensão arterial e diabetes. Por outro lado, um décimo dos internados necessitam de suporte ventilatória.

A ministra disse ainda que os principais contextos de transmissão da Covid-19 ao longo da semana foram os lares (37% dos casos novos), seguindo-se a residência própria (33%), o contexto laboral (15%), o contexto social (9%), restando 6% de casos de infeção em instituições ligadas à prestação de cuidados de saúde.

Quanto à reabertura das creches e das aulas presenciais de 11.º e 12.º ano, a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, disse que está a haver um trabalho com o Ministério da Educação para definir regras de segurança. No caso das creches vai haver um programa de testagem dos educadores das crianças, que o Ministério da Saúde “apoiará dentro das suas possibilidades e do que for pedido”, sendo utilizados meios de proteção individual por docentes e discentes.

 

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