O vice primeiro-ministro e ministro das finanças de Cabo Verde, Olavo Correia, disse este sábado que a livre circulação de pessoas, bens e serviços é fundamental para que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) deixe de ser apenas “uma narrativa”.
“Enquanto não houver livre circulação de bens, pessoas, capitais e criações de oportunidades no espaço da lusofonia continuaremos a falar numa espécie de utopia”, disse Olavo Correia num painel dedicado ao tema do papel dos países da língua oficial portuguesa na economia global – novos desafios, novas oportunidades, no 1º Fórum de Economistas das Cidades de Língua Portuguesa, em Lisboa.
O ministro das Finanças de Cabo Verde defendeu que “mais do que continuar com a narrativa, é fazer aquilo que precisa de ser feito”. Neste sentido, defendeu que “enquanto continuarmos com muros a limitar que possamos abrir um espaço de oportunidades, teremos dificuldades enormíssimas sobre o que pode representar a CPLP para o futuro”.
Olavo Correia sublinhou a necessidade dos países da CPLP reforçarem a cooperação no plano cientifico, empresarial, conectividade. “Temos oportunidades nos nossos países mas temos que criar contexto para que possam ser aproveitadas”, disse.
“Como é que é possível não termos ainda acordos para evitar a dupla tributação nos nossos países?”, questionou, sublinhando que “essas decisões estão nas nossas mãos”.
“Se até agora ainda não foi conseguido é por nossa incompetência, porque somos nós políticos que temos a responsabilidade de mudar”, acrescentou.
Defendeu ainda que a língua portuguesa é um 2ativo com utilidade para as nossas populações” e “pode amplificar a nossa influência no contexto internacional”.
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