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Mitigação de stress dos trabalhadores deve integrar benefícios extrassalariais, diz estudo

Quando convidados a revelar os fatores que aumentam o risco de burnout, 54% dos inquiridos respondeu “pressões laborais”, 37% “cultura tóxica” e 34% “segurança no emprego”.
10 Maio 2023, 11h54

Quase metade dos trabalhadores inquiridos num estudo da Marcer assumem sentir-se stressados no seu dia-a-dia, com 62% a admitir que entendem que, porém, a empresa onde trabalham estaria disposta a facultar algum tipo de apoio em caso de necessidade.

De acordo com o “Health on Demand 2023”, que abrange respostas de 17.500 trabalhadores de 16 sectores a nível mundial, as empresas que dispõem de uma oferta mais alargada de benefícios extrassalariais garantem uma maior satisfação dos seus funcionários.

O relatório indica ainda que, quando convidados a revelar os fatores que aumentam o risco de burnout, 54% respondeu “pressões laborais”, 37% “cultura tóxica” e 34% “segurança no emprego”.

O documento da Mercer reforça, tendo em conta os dados recolhidos, a importância de abordar a segurança psicológica no local de trabalho. Apenas 56% das pessoas assumem sentir-se livres para expressar os seus pensamentos sem recearem consequências negativas.

“Nos últimos anos, a saúde e o bem-estar das pessoas têm sido impactados por diferentes crises – desde conflitos económicos e geopolíticos até à pandemia. O nosso estudo mostra como estes desafios, juntamente com a pressão que os sistemas de saúde enfrentam, revelaram lacunas significativas na proteção dos colaboradores. Isto é particularmente visível entre colaboradores com baixos salários, cuidadores e mulheres”, explica Miguel Ros Galego, business leader da Mercer Marsh Benefits Portugal, destacando a importância da disponibilização de uma oferta alargada de benefícios.

Segundo o “Health on Demand 2023”, as empresas têm cada vez “mais em conta os fatores que contribuem para o stress no local de trabalho, de forma a pensarem numa estratégia de benefícios abrangente e inclusiva, integrando medidas como a revisão do descritivo das funções e das competências dos gestores de pessoas, criação de uma cultura que promova um sentimento de pertença e um processo de tomada de decisão inclusivo, bem como a oferta de benefícios como serviços de saúde mental a custos reduzidos e aconselhamento virtual”. De acordo com o estudo, dois em cada três colaboradores acreditam que a sua organização os apoiaria em caso de emergência ou num momento de necessidade.

O relatório indica ainda que 23% dos trabalhadores se sentem preocupados com o eventual pagamento de cuidados de saúde, com 28% das mulheres inquiridas, em particular as mães solteiras (31%), a estarem mais propensas, por comparação com os homens (20%), a não confiarem na sua capacidade financeira para pagarem os serviços necessários.

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