Moda artesanal nascida no Funchal com peças que são obras de arte

Madeirense, licenciada em Moda e design têxtil, Mariana Sousa faz nascer a Sous da vontade de criar peças únicas e de recuperar técnicas artesanais perdidas no tempo. Cada peça é desenhada e fabricada apenas uma vez, o que dá a quem a veste a verdadeira exclusividade, quase como se tratasse de uma obra de arte.

“Talvez por ter nascido e crescido na pequena ilha da Madeira, onde somos constantemente definidos pela persistência da natureza, onde cada montanha é esculpida de forma diferente, onde cada vale esconde os seus pequenos segredos, aprendi a apreciar a singularidade do inesperado, a individualidade de cada momento”, explica Mariana em comunicado. “E eu fico entediado com muita facilidade, é muito difícil convencer-me a fazer a mesma coisa duas vezes”, acrescenta.

Mariana dá a cara pela marca, mas a equipa já cresceu. Hoje trabalha com a mãe e com quatro artesãs no Funchal. Os tecidos, acessórios e algumas peças são de todo o mundo, mas privilegiam-se técnicas artesanais e locais, como o tricotado e o bordado à mão.

“Através do meu mundo intuitivo, da minha vida real, o ilha onde vivo e que me dá inspiração diária, crio peças intemporais que exploram um grande processo artesanal, onde o tempo de produção de cada etapa do produto é levado com o máximo respeito. Tenho peças que por vezes passam por três artesãs diferentes”, explica Mariana.

“Na Sous gosto de ir mais além nas cores e materiais que escolho. Tenho sempre como propósito de manter alguma tradição presente enquanto procuro encontrar simultaneamente uma relação mais contemporânea com as peças”.

A Sous acaba de apresentar a coleção “Uma Pequena Luz”  na Moda Madeira, um projeto que quer dar visibilidade aos criadores madeirenses. “ A coleção segue os valores das coleções passadas, respeitando a nossa história. Enquanto passeamos livremente pelas nossas memórias, projetam-se sonhos e memórias que me levaram a desenhar estas peças”, diz  Mariana Sousa.

“São 14 coordenados muitos emocionais, reflexo do que sentimos, pensamos,
experimentamos”, conclui.