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Moncodaneum aproxima hospitais e centros de oncologia

A companhia biotecnológica belga OncoDNA quer alargar o espectro de colaborações em Portugal entre hospitais e centros de oncologia. Par alcançar este objetivo iniciou o projeto Moncodaneum.
13 Novembro 2017, 16h13

A iniciativa é financiada pela Região Valona com 10 milhões de euros, e tem como objetivo estabelecer colaborações em redor a plataforma da análises e interpretação de dados genómicos OncoKDM.

Um dos desafios atuais para os profissionais no campo da oncologia é saber como tirar proveito da informação para fazer um diagnóstico preciso e de forma mais ágil e eficiente. Por um lado, os biólogos devem analisar uma grande quantidade de dados que, com os avanços, crescem a um ritmo vertiginoso, tornando a sua interpretação mais complexa. Por outro lado, os oncologistas recebem muitos relatórios de diversas fontes, em diferentes momentos e de diferentes formatos com um tempo limitado para tomarem decisões cruciais na vida dos doentes.

OncoKDM tem como objetivo imediato pôr ordem ao big data e fazer com que se aproveite o máximo de conhecimento que hoje dispomos. A sua meta é responder às necessidades dos oncologistas, biólogos moleculares e profissionais médicos e ajudá-los a desenvolverem de forma eficaz o seu trabalho para, em definitivo, melhorar a vivência e a qualidade de vida dos doentes com cancro através de tratamentos personalizados.

Agora os hospitais e clínicas portugueses podem unir-se numa plataforma personalizada que integra e interpreta resultados de qualquer tecnologia genómica, dados de patologia molecular, estudos de expressão e informação clínica, o OncoKDM da OncoDNA. O sistema tem duas funções principais: por um lado, obter um relatório útil e compreensível a partir da introdução dos dados sem processar, ou seja, diretamente desde o laboratório na plataforma, para guiar os oncologistas às melhores opções terapêuticas; por outro lado, partilhar e obter conhecimento estando em contacto com profissionais de diferentes partes do mundo, oferecendo a possibilidade de acesso a resultados (anónimos) para obter outro ponto de vista.

De acordo com Luis Alvarez, responsável pelo desenvolvimento do negócio em Portugal, “estamos muito satisfeitos por ver como uma iniciativa tão útil para o setor da oncologia que teve a sua raiz em Espanha, com o grupo SOLTI entre os seus primeiros beneficiários, se expande e é aceite noutras regiões, cumprindo assim o propósito da OncoDNA em ajudar os profissionais a tomar a decisão correta da maneira mais simples possível. Estou certo de que, em Portugal, os centros médicos apreciarão esta oportunidade “.

O projeto Moncodaneum planeia continuar a crescer e honrar o seu nome: o Mundaneum idealizado pelo belga Paul Otlet, um pioneiro no século 20 da internet, que procurou reunir num só lugar todo o conhecimento humano do mundo em todas as suas formas dentro de um gigantesco diretório bibliográfico.

A OncoKDM permitirá a integração e interpretação de dados de diferentes tecnologias (como NGS, análise imuno-histoquímica ou RT-qPCR), em qualquer material (como ADN, ARN, proteínas e ADN tumoral circulante) e referindo-se a qualquer tipo de cancro para produzir um relatório em tempo record, adaptando-se aos requisitos clínicos, e estima-se que a Moncodaneum esteja presente em mais de 50 centros de cancro em 30 países. Desta forma, tornar-se-ia uma grande comunidade de médicos e profissionais para partilhar conhecimento a favor da excelência profissional e inovação científica dando continuidade à luta contra o cancro.

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