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Montepio vende participação no moçambicano Banco Terra à Arise

Com a venda de 45,78% do capital social do Banco Terra o Grupo Caixa Económica Montepio Geral deixa de deter qualquer participação na instituição financeira de direito moçambicano e cuja posição remonta a 2012.
  • Cristina Bernardo
31 Agosto 2018, 18h14

A Montepio Holding, participada da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), acordou a venda da participação no BTM – Banco Terra, à Arise, no âmbito da redefinição estratégica das suas participações internacionais.

Com a venda de 45,78% do capital social do Banco Terra, o Grupo Caixa Económica Montepio Geral deixa de deter qualquer participação na instituição financeira de direito moçambicano e cuja posição remonta a 2012. Não foi adiantado o valor da venda.

A venda à Arise – holding criada em conjunto pelo fundo soberano norueguês Norfund, pelo banco de fomento holandês FMO e pelo Rabobank, para apoiar o crescimento em África através de investimentos em instituições financeiras africanas – insere-se no contexto dos movimentos de consolidação que estão a ocorrer no setor financeiro de Moçambique, explica o banco liderado por Carlos Tavares.

“O negócio – que inclui uma opção para uma eventual entrada do Montepio na Arise – vem reforçar e aprofundar a parceria estabelecida entre as duas instituições, que se comprometem a estudar conjuntamente oportunidades futuras de investimento no continente africano”, lê-se na nota enviada à CMVM.

A anterior administração do banco, liderada por José Félix Morgado, tinha outros planos para a participação no banco moçambicano. A Caixa Económica previa passar a exposição a África (o que incluia os 51% do Finibanco Angola e  estes 45,8% do moçambicano Banco Terra) para uma holding que resultaria de uma parceria internacional. O Montepio ficaria com 5% a 7% da holding através da entrega da posição no Finibanco Angola e do Banco Terra. Essa holding chama-se Arise e assim o banco português ficaria com uma parceria em África com  os holandeses do Rabobank e do banco de fomento FMO e o fundo norueguês Norfund.

Mas com a chegada de Carlos Tavares o projeto mudou. O atual chairman e CEO da Caixa Económica Montepio Geral suspendeu as negociações que previam uma parceria do Montepio em África.

Notícia atualizada às 19h12

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