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Moody’s coloca em revisão para melhoria o rating das obrigações hipotecárias cobertas do Novobanco

A classificação de hoje da Moody’s é colocada em revisão para atualização. Esta revisão está sujeita ao esclarecimento do emitente sobre o compromisso de sobrecolateralização na sequência da implementação da nova lei portuguesa de obrigações cobertas, que entra em vigor em julho, e que elimina qualquer requisito de sobrecolateralização para futuras emissões ao abrigo da nova lei.
27 Junho 2022, 13h56

A Moody’s Investors Service colocou hoje em revisão, com vista a melhorar, o rating A2 atribuído às obrigações hipotecárias cobertas – Mortgage Covered Bonds (CPT) emitidas pelo Novobanco e regidas pela legislação portuguesa sobre obrigações hipotecárias.

O banco tem neste momento uma classificação da Moody’s para os depósitos, que está em Ba3; avaliação de crédito de base ajustada que está em b2; a avaliação de risco de contraparte (CR) que está em Ba2(cr)) e regido pela legislação portuguesa sobre obrigações cobertas.

A agência justifica esta ação de classificação com a anterior decisão da Moody’s de atualizar a avaliação de risco de contraparte (CR) do Novobanco para Ba2(cr) quando era de B1(cr).

Recorde-se que a agência de notação financeira Moody’s melhorou em dois níveis o rating do banco liderado por António Ramalho, passando a avaliação da instituição financeira de “Caa1” para “B2”, ou seja, a revisão em alta do rating do Novobanco,  foi ainda insuficiente para retirar o banco português da categoria de “investimento especulativo”, ou “lixo”. O banco precisará de subir mais cinco degraus na escala da Moody’s para obter uma classificação positiva e sair do “lixo”.

A classificação de hoje da Moody’s é colocada em revisão para atualização. Esta revisão está sujeita ao esclarecimento do emitente sobre o compromisso de sobrecolateralização na sequência da implementação da nova lei portuguesa de obrigações cobertas, que entra em vigor em julho, e que elimina qualquer requisito de sobrecolateralização para futuras emissões ao abrigo da nova lei.

Segundo a Moody’s, as perdas da cobertura de risco do Novobanco – Mortgage Covered Bonds (CPT) são de 19,8%. “Esta é uma estimativa das perdas dos modelos atuais da Moody’s após um evento de âncora das Covered Bonds. A Moody’s divide as perdas do pool de cobertura, entre risco de mercado de 14,8% e risco do colateral de 5,0%. O risco de mercado mede as perdas decorrentes do risco de refinanciamento e os riscos relacionados com as diferenças de taxas de juro e de divisas (estas perdas podem também incluir certos riscos legais). O risco do colateral mede as perdas resultantes diretamente da qualidade de crédito dos ativos da pool de cobertura. A Moody’s deriva o risco colateral da pontuação da garantia, que para este programa é atualmente de 7,5%”, lê-se no relatório.

“A sobrecolateralização na carteira de cobertura é de 10,0%, dos quais o Novobanco disponibiliza 5,3% numa base de ‘compromisso’. No modelo COBOL [Covered Bond Model] da Moody’s, a over-collateralisation (OC) mínima consistente com a classificação A2 é de 0,5%. Esses números mostram que a Moody’s não está a contar com a over-collateralisation (OC) “não comprometida” na sua análise de perdas esperadas”, refere a Moody’s.

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