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Morreu a antiga vice-presidente da Assembleia da República e eurodeputada pelo PS Maria Carrilho

Maria Carrilho foi dirigente do PS e destacou-se pelo trabalho na área da Defesa Nacional e, também, em Assuntos Europeus, tendo sido eleita eurodeputada pelo PS em 1999, funções em que permaneceu até 2004.
6 Fevereiro 2022, 16h13

A antiga vice-presidente da Assembleia da República e eurodeputada pelo PS Maria Carrilho faleceu na madrugada deste domingo, 6 de fevereiro, vítima de leucemia, aos 78 anos, em Lisboa, no Hospital CUF Tejo, onde se encontrava internada há algum tempo, confirmaram fontes do PS.

Maria Carrilho destacou-se pelo trabalho na área da Defesa Nacional e, também, em Assuntos Europeus, tendo sido eleita eurodeputada pelo PS em 1999, funções em que permaneceu até 2004.

No plano académico e científico, Maria Carrilho, professora catedrática do ISCTE, licenciou-se em sociologia pela Universidade de Roma, tendo feito doutoramento em sociologia política pela Universidade Técnica de Lisboa, e era coordenadora do mestrado em Estudos Europeus no ISCTE.

Maria Carrilho esteve na primeira linha política com a eleição de António Guterres para o cargo de secretário-geral do PS em 1992, tendo pertencido ao Secretariado Nacional deste partido.

Ao longo da sua vida, Maria Carrilho publicou várias obras, destacando os “Novos media, novas políticas?” (2002); “Portugal no contexto Internacional: Opinião pública, defesa e segurança” (1998); “Segurança e Defesa na Opinião Pública Portuguesa” (1995); “Democracia e Defesa”, (1994), “Mulheres e Defesa Nacional”, (1992); “Forças Armadas e Mudança Política em Portugal no Século XX” (1985); “Sociologia da Negritude” (este primeiro publicado em Roma em 1973); e “Portogallo, La Via Militare”, Milão (1975).

No Parlamento Europeu, Maria Carrilho dedicou parte do seu trabalho à política de cooperação e desenvolvimento com África, tendo feito aprovar vários relatórios sobre este tema.

Maria Carrilho defendeu necessidade de as instituições europeias passarem a encarar a vertente da cooperação como “uma modalidade mutuamente vantajosa para a UE e os países mais desfavorecidos”.

“A Europa parece encarar a sua política de cooperação para o desenvolvimento mais como uma obrigação ditada pela má consciência resultante do seu passado colonial, do que como uma modalidade mutuamente vantajosa”, sustentou.

 

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