Milhares de manifestantes ocupam pelo quinto dia as ruas de Budapeste, na Hungria, depois do parlamento ter aprovado na última terça-feira uma mudança fiscal que de acordo com a população irá afetar os pequenos empresários, informa o “The Guardian”.
Os protestos contra o governo de Viktor Orbán são os primeiros desde que o primeiro ministro venceu pela quarta vez consecutiva as eleições no passado mês de abril.
“É uma loucura o que eles [o governo] fizeram”, refere a advogada Ilona Pusztai, de 37 anos. “Isso não levará a mais receita para o orçamento.
“O governo está atualmente a planear medidas de austeridade [mas] as pessoas não podem mais tolerá-las”, afirma Zoltan Gemesi, um professor de 68 anos.
Peter Marki-Zay, líder da oposição que perdeu as eleições para Orbán em abril, disse que as promessas de campanha do primeiro-ministro nacionalista “provaram mentiras ser”.
Apesar dos tetos de preços do bens essenciais, a Hungria enfrenta uma inflação crescente e uma moeda local em queda numa altura em que decorrem negociações com Bruxelas sobre o financiamento retido da União Europeia.
A Hungria, que depende em grande parte do petróleo e gás russos, declarou o “estado de alerta” na quarta-feira devido à crise de energia desencadeada pela guerra na Ucrânia.
As pessoas que consomem mais do que a quantidade média de energia terão que pagar pelo preço de mercado e não pela tarifa estatal fortemente subsidiada.
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