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Mudanças fiscais levam a protestos na Hungria pelo quinto dia consecutivo

Estas são as primeiras manifestações desde que Viktor Orban venceu pela quarta vez as eleições no passado mês de abril. Em causa estão as alterações tributárias que de acordo com os manifestantes vão afetar os pequenos empresários.
17 Julho 2022, 15h29

Milhares de manifestantes ocupam pelo quinto dia as ruas de Budapeste, na Hungria, depois do parlamento ter aprovado na última terça-feira uma mudança fiscal que de acordo com a população irá afetar os pequenos empresários, informa o “The Guardian”.

Os protestos contra o governo de Viktor Orbán são os primeiros desde que o primeiro ministro venceu pela quarta vez consecutiva as eleições no passado mês de abril.

“É uma loucura o que eles [o governo] fizeram”, refere a advogada Ilona Pusztai, de 37 anos. “Isso não levará a mais receita para o orçamento.

“O governo está atualmente a planear medidas de austeridade [mas] as pessoas não podem mais tolerá-las”, afirma Zoltan Gemesi, um professor de 68 anos.

Peter Marki-Zay, líder da oposição que perdeu as eleições para Orbán em abril, disse que as promessas de campanha do primeiro-ministro nacionalista “provaram mentiras ser”.

Apesar dos tetos de preços do bens essenciais, a Hungria enfrenta uma inflação crescente e uma moeda local em queda numa altura em que decorrem negociações com Bruxelas sobre o financiamento retido da União Europeia.

A Hungria, que depende em grande parte do petróleo e gás russos, declarou o “estado de alerta” na quarta-feira devido à crise de energia desencadeada pela guerra na Ucrânia.

As pessoas que consomem mais do que a quantidade média de energia terão que pagar pelo preço de mercado e não pela tarifa estatal fortemente subsidiada.

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